segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Nunca diga nunca!!!! Você VAI fazer!


Nino com 10 dias
 Lembro um dia enquanto amamentava e escutava outra mãe (sim sim...minha mãe me ensinou que é feio escutar conversa dos outros!rs) que também estava amamentando e reclamando que uma amiga dela falou das unhas compridas do seu bebê , a menina disse que deixou a sua amiga falando sozinha e que depois que virou mãe aprendeu a se meter menos na vida dos outros, julgar menos...
Lembrei disso por que estava pensando que parece que todo mundo tem sempre um palpite de como criar seu filho... Sempre tem um querendo te mostrar que você está fazendo algo errado....Nasce um filho...Nasce uma mãe...Nasce uma legião de críticos!!!!
O Mais intrigante, na minha opinião, são as pessoas que não tem filhos!!... é incrível como pessoas sem filhos entendem dos nossos bebês (pelo menos na cabeça delas!!!). Como sabem como fazer seu bebê dormir, parar de chorar, sabem quando ele esta com fome, gases , frio, calor, além dos palpites sobre o que devemos fazer...Uns acham que temos que correr para qualquer buá que ele faz, outros acham que devemos deixar os pequenos se esgoelando para não deixá-los mimados no futuro, ahhhh e não ouse dizer que você sabe o que seu filho  esta precisando (ser seu filho é só um pequeno detalhe)... Pra essas pessoas você nunca sabe!!! Mas o que eles ainda não sabem é que também terão suas vidas invadidas de palpites um dia!!! Kkkk
Sei que geralmente não se faz por mal...Uns pra ajudar, outros apenas para ter um assunto, outros por achar mesmo que tem uma vasta experiência... Mas é que na prática isso às vezes acaba incomodando nós que ainda estamos aprendendo a ser mãe e descobrir através de erros e acertos o melhor pra quem tanto amamos.
 Eu mesma sempre tive as minhas opiniões do que achava certo, o tipo da educação que acho coerente e o que faria quando chegasse o meu bebê... mas descobri que na prática tudooooooo muda...VOCÊ MUDA... Suas emoções mudam. Aprendi e aprendo muito a cada dia com esse ser  tão pequenininho e tão grande ao mesmo tempo.
A gente antes de ter filho tem uma cartilha de regras rsrs, do tipo isso eu quero, isso não, isso eu faço,  isso eu não vou fazer... e te digo você VAI.... Quase todas as mães que conheço fizeram algo que um dia prometeram não fazer , mas claro nem toda mãe assume, algumas omitem esses detalhes e  fazem  com que outras mães pareçam perdidas (em suas culpas e ilusões)...
Eu tinha total certeza que um bebê deveria ir para o quarto dele (se ele tiver quartinho claro...) desde o primeiro dia em casa (e continuo achando que é o melhor pra ele)...mas adivinhem o que eu fiz?????????? Fiquei 3 meses com o berço do meu pequeno dentro do nosso quarto...e maissssss!....chorei quando ele foi pro dele.... Esse foi só um exemplo de algo que eu achava que nunca iria fazer...
Um dia desses estava conversando com uma amiga sobre outro assunto polêmico e eu disse que aprendi a não dizer que isso eu não faria... porque a gente faz. Na adolescência você acha que nunca vai trair um namorado (até trair), você acha que nunca ficaria com uma pessoa e depois outra na mesma noite (até fazer), você acha que nunca vai casar (aí casa!),  poderia citar uma lista de coisas que falamos que nunca faríamos.... Mas sem querer, ou querendo muito rs... fizemos!!
Portanto eu não vou dizer mais ao Edu que eu nunca mais vou acampar com ele... (mesmo que eu já tenha passado a incrível experiência de acordar com areia por toda minha barraca inclusive dentro da minha boca), não vou dizer que eu nunca vou contar uma mentirinha na frente do Nino (em nome dos bons exemplos) e nem que eu nunca vou chegar a gostar de champignon... Afinal... não dizem que o peixe morre pela boca????

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Cinematerna

Eu adoreiiiiii!!! Amo Amo amo cinema e no final da gravidez fui milhões de vezes ao cinema pensando que ficaria meses sem poder ver um filminho.Que nada!Descobri que tem Cinematerna em Curitiba! São sessões que acontecem de 15 em 15 dias às quintas feiras ás 14:00 e uma vez ao mês aos sábados ás 11:00 (é legal consultar no site se nada mudou  http://www.cinematerna.org.br/) . É uma delícia poder ver todos os filmes que estão em cartaz (ou parte deles pelo menos!!). São para mães, pais, acompanhantes e seus bebês de até 1 ano e meio (que ainda não entendem o conteúdo dos filmes, já que são filmes para adultos). Eu sempre ía com o Edu que também adora um bom filme!! Quando saiu Tropa de Elite 2 ficamos na dúvida se deveríamos ir com o pequeno assistir (afinal era um filme um tanto violento), mas foi muito tranquilo (apesar dos votos de protesto da minha sogra) ,o Antônio tinha 3 meses, dormiu quase o tempo todo,.só acordou pra fazer uma bombaaa (em homenagem ao filme??)... o que no Cinematerna não é um problema...afinal existem trocadores dentro da sala de cinema. Além disso tem espaço para os bebês brincarem, iluminação um pouco mais clara que no cinema normal e a temperatura é apropriada. E dá para ver os filmes sim. Não é aquela choradeiraaaaaa! Quando um bebê começa a chorar é só dar uma voltinha com ele... as vezes só de ficar em pé resolve.... algumas mães precisam sair um pouquinho...
Foi uma solução incrível para mim e outras mães (e pais) que não ficam sem um filminho. Durante a licença maternidade faz a gente não se sentir tão fora do mundo, já que nesses primeiros meses acabamos focando totalmente nos nossos pequenos...o que é muitooo gratificante. O cinematerna foi uma forma de eu estar conectada com o mundo e pertinho do meu pequeno!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Descobrir

 Da saída do hospital para a nossa casa o caminho parecia muito mais longo do que realmente era, saímos do Santa Brígida (onde nasceu o Antônio, Nino meu pequenino) à noite...  eu pedia para o Eduardo ir com calma... A cada movimento do carro eu me preocupava com a cabecinha do pequeno a balançar.
Chegamos em casa e tudo parecia incrivelmente diferente após esses dois dias. Tudo o que eu queria era estar em casa, reconhecer a nosso ambiente que já estava sendo há meses preparado para receber nosso pequeno, reconhecer meu marido (e o pai que ele acabara de se tornar), me reconhecer agora sem meu filho dentro de mim e sim na minha frente, apresentar seu quartinho ao nosso bebê e principalmente CONHECER meu pequeno, meu pequenino que eu só vi ainda tão pouco e que fez descobrir o que é o "famoso amor incondicional". São muitas descobertas, muitas mudanças...
O que uma pessoa que nunca havia segurado um bebê com medo de quebrá-lo poderia fazer agora? Achei que teria muito medo quando esse momento chegasse... Mas ele chegou e realmente o instinto fala mais alto e lá estava eu e ele...e as coisas foram acontecendo naturalmente. Hoje acredito que toda mãe (que deseja isso) saberá o que fazer na hora H. Ou pelo menos dará o seu melhor o que certamente é o melhor para aquele bebê.
No dia seguinte lá estava a minha mãe, preparou uma comida deliciosa, frutas lavadinhas e todo carinho...fui totalmente paparicada e me surpreendi com aquela situação (fazia anos que eu já havia saído de casa e que me virava sozinha em todas as situações, ou nos últimos anos pedia para o Edu). Cheguei até me assustar com tanto paparico... minha mãe queria me ajudar mais... mas eu me acostumei a fazer as coisas de casa sozinha e preferi fazer assim (com a ajuda do Du)...mas só tenho a agradecer o carinho e dedicação que ela me deu... (afinal sou mãe mas sou filha também!!!!!).  
Fiquei uns dias perdida, a gente se olha não se reconhece direito, já não é mais uma mulher grávida, mas também não é uma mulher,digamos,esbelta (kkkk)... A gente sente muitas coisas!!! É TUDO MUITO INTENSO.
Tive muito medo de não ser uma boa mãe ou de acontecer algo com o meu pequeno (até de cair de escada com ele nos braços eu tinha um medo enorme). Sem contar os medos básicos (rsrs). Atire a primeira pedra quem nunca colocou a mão na frente da boca/nariz do seu filho para ver se ele está respirando??  Ainda bem que com o tempo os medos vão passando e você vai percebendo que você consegue.
Algumas mulheres têm depressão pós parto, nesse caso é necessário um acompanhamento médico, mas muitas chegam ter uma tristezinha, ou medo, ou angústia com a nova situação. Existe uma denominação baby blues que é dada para uma melancolia após o parto (algo como uma depressão mais branda) mais comum entre as mulheres (a gravidez e o parto alteram completamente nossos hormônios o que pode ocasionar algumas reações). No meu caso não sei dizer com clareza o que se passou, não me sentia triste, e sim muito feliz ... mas também não queria muitas pessoas por perto,queria ficar sozinha com o Nino, curtir ele, olhar pra ele. Queria estar com o Edu e com o pequeno. Foi algo novo...Sempre adorei estar rodeada de gente.Mas dessa vez queria olhar a minha família que começava agora! A família que eu e o Edu estávamos formando. (Sempre ouvi do meu pai que família era o pai a mãe e os filhos... acho que isso ficava na minha cabeça... e agora estava lá na minha frente... precisava conhecer).
Foram muitas visitas, muitos amigos, amigas, parentes, pessoas que gostamos muito, todos querendo conhecer o rostinho daquele pequeno que morava na minha barriga. Foi muito legal saber o quanto as pessoas gostavam da gente ,mas confesso estava muitoooo ciumenta com o meu filhote (ou será que ainda estou????).
O Antônio sempre dormiu bem, claro, acordava às vezes para mamar, aí tínhamos que trocá-lo, fazer ele arrotar ,eu ficava 15 minutos com ele sentadinho (ele quase nunca arrotava e eu morria de sono em fazer isso, mas agüentava firme, ou deixava essa parte para o Edu) e colocávamos ele para dormir... Fazíamos tudo bem no escurinho (uma luz bem fraquinha) e ele nunca deu trabalho para dormir na madrugada. O Edu sempre me ajudou muito, eu amamentava e quase sempre ele fazia o Antônio arrotar ou trocava a fralda dele. Me surpreendi em ver como ele aprendeu rápido com o Nino!!! Um mês antes o Edu tinha deixado o cachorro da minha mãe fugir (quando ela nos pediu para cuidar) e eu pirei que ele não daria conta de um bebê se não conseguia nem com o cachorro, mas ele se saiu bem melhor com nosso pequenino!!!Ufaaaaaaaaaa!
Toda madrugada quando acordávamos para cuidar do pequeno assistíamos um episódio de Sex And City ... era o nosso passatempo do mês...assistimos todos os episódios de todas as temporadas. Foi bem divertido!
Como não tinha absolutamente nenhuma experiência com bebês...devorava livros, revistas e pesquisava na net, observava o Antônio...além das palestras todas que vi na gravidez e acho que com tudo isso consegui compreender um pouquinho do meu bebê... Li um que gostei bastante que foi o Segredo de Uma encantadora de bebês (muitas coisas apliquei, outras fiz do meu jeito).
A cada dia era uma descoberta. Como cuidar do Nino, como amamentá-lo, como conviver com o Edu e descobrir nós mesmos, agora em mais um novo papel.  E fazer essas descobertas estava sendo MARAVILHOSO!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

esperar ... (1 dia, 1 ano, 10 anos, 9 meses)

Como não começar pelo grande dia?... O dia em que ele (ou você Antônio...caso você esteja lendo esse blog um dia) chegou a esse mundão.
Foram 9 meses... primeiro vieram as azias, a certeza (bem antes de saber realmente) de que alguém estava por vir, uma pessoa em estado agudo de histeria (é... fiquei um pouco pior no início da gravidez), uma alegria enorme... A primeira ecografia quando ouvi o seu coração , e depois quando descobri o sexo (meu menino, meu lindo, meu pequeno futuro, hoje presente amor).
A cada ecografia te conhecíamos mais e crescia a curiosidade e ansiedade de te conhecer pessoalmente...de te ver... você pelo jeito queria mesmo manter a nossa curiosidade, já que quando fomos tentar fazer a fabulosaaaa ecografia 4D você se escondeu de todas as formas...(se tivesse uma máscara com certeza estaria com ela) menino teimoso (ou seria tímido), varias cutucadas e nada! O maridão reclamando que não queria pagar a ecografia (pois dizia que as ecografias 4d sempre saem estranhas e todas iguais...além de uma certa dose de pão durísse) ja teve do seu pequeno, o seu primeiro ato de cumplicidade.
Levamos nosso filhote acoplado na minha barriga para Recife onde enfim decidimos o nome... Antônio!!!!!!!!!!(eu já apelidei de Nino!) Hoje sei  que a ida a Recife (em pleno Carnaval e batuques) influenciou de alguma forma no seu gosto por musica, barulho, pandeiros, tambores...
Foram 9 meses...de correria e paciência... tive que ter uma paciência enorme também quando o futuro pai inventou de querer desenhar os bichos do quarto safári do nosso filho... o Edu (papis) é designer e sempreee inventa de fazer tudo...no meio de um quase surto ele levantou a bandeira de paz e me deixou comprar a girafa lindaaaa que esta no quarto do pequeno Nino.
Poderia ficar horas falando de tudo o que aconteceu na gravidez, dos toques que dávamos e ele respondia, da emoção, da vontade de fazer xixi e tomar muita agua, da minha visita a 600 médicos até decidir com qual ficar, da minha duvida cruel de qual parto seria,decidido e dando um ponto final a qualquer dúvida pelo pequeno: cesariana...estava preguiçoso não quis virar, não tinha dilatação e nem contração (placenta madura... quem foi mãe sabe do que estou falando)...
Dia lindo, 1o. de julho de 2010, tomei um café maravilhosooo ganhei flores do Edu e fui pra maternidade. Tranquila até quase a hora ( o Edu esteve pesente o tempo inteiro comigo), na hora de entrar na sala de parto bateu o pavor...queria levar meu marido junto, mas ele só pode entrar na hora do nascimento mesmo; tinha tanto medo da anestesia ... do desconhecido e de como seria tudo...mas você esquece tudoooooooooo na hora que olha pra ele... pro seu bebê, para um pedaço seu, é um amor gigantescamente forte algo que vai além do que se pode descrever ou explicar. Algo sublime.
Encontro, olho no olho e a certeza de que eu precisava tanto desse pequeno como ele de mim.
 O Edu conseguiu captar o momento exato do nosso primeiro olhar, o olhar mais doce e mais puro que eu podia ter visto . A sensação de pleno amor, o Du igualmente parecia estar descobrindo uma forma de amor antes desconhecida também:
- E muito amor ! (dizia ele olhando fixamente para seu pequeno filhote, com um um sorriso de orelha a orelha e um olhar emocionado).Foi o início real da nossa família!!!
Apesar de eu ainda parecer gravida estava ao meu lado a realização do meu sonho (nascido juro...e não tinha mais ninguém fora gases na minha barriga), aposto que as visitas ainda tinham dúvidas se não existia nenhum gêmeo esquecido dentro de mim...
Os avós... não poderia esquecer deles..meu pai quase desmaiou de tanta expectativa, minha sogra disparou a falar e minha mãe parecia que tinha acabado de sair de algum manicômio (estava piradinha...) ...o mais calmo era meu sogro...avô experiente...(ja teve 5 netos para treinar a emoção)...quando o pequeno chegou falavam ininterruptamente que o Antônio era o menino mais lindooooooooo do mundo ( e claroo não tinha carinha de joelho).
Pra terminar o primeiro post do blog só queria dizer da emoção de trazer o nosso pequeno amor para o nosso lar... abraçar o Edu e o Antônio e sentir a coisa mais forte que consigo lembrar de um dia ter sentido.
Ser mãe é esperar... sabia bem disso quando fui provar uma calça que usava antes de engravidar...teria que esperar muitooo ainda... para caber nela de novo...
MAS VALE...ser mãe é sentir um amor verdadeiramente forte ( ja ouvia isso... mas agora sei com propriedade o que é sentir esse amor).
OBRIGADA ANTÔNIO... sou uma pessoa mais completa com você. Obrigada Edu por ter sua dedicação e amor e a Deus que nos deu esse presente.