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segunda-feira, 29 de julho de 2013

O choro do bebê e os sentimentos da mãe

Louca pra contar como foi tudo, o parto, a chegada e como estamos por aqui. Mas ainda não consegui me organizar e cada vez que penso em escrever, necessariamente quando o Theo está dormindo, vejo milhões de outras coisas pra fazer na frente da lista. Ainda estamos nos adaptando, mas estamos muito felizes e o Theo chegou completando nossa vida e enchendo a nossa casa ainda mais de amor.

Como me pego várias vezes tentando saciar o choro do pequeno trouxe esse texto da Talia Souza instrutora de Yoga, psicóloga e minha doula que lindamente acompanhou o meu parto e fez um maravilhoso trabalho. O texto foi escrito para o Roteiro Baby Curitiba que eu deixei de fazer,  então trouxe pro Dias de Mamis, para que as outras mães, que como eu, se pegam muitas vezes tentando entender.

O choro do bebê e os sentimentos da mãe 

Por: Talia de Souza

Para tratar do choro do bebê, é preciso, antes, entender quem é o bebê, e o que seu choro representa.
Caio_new_born-521Um bebê é uma pessoa recém chegada ao mundo. Alguém que não fala e não anda; ou seja, alguém que não tem a mínima condição de buscar algo que precise. Um bebê é alguém totalmente dependente, e assim será por bastante tempo. Durante sua vida intra-uterina, o bebê estava num meio aquático de temperatura agradável, e não sentia frio, calor, fome… Ele estava contido no útero. Seus movimentos sempre encontravam eco nas paredes uterinas. Este era seu mundo. Tudo o que o bebê conhecia. Após nascer, o bebê se depara com uma infinidade de condições totalmente diferentes das que conhecia. Seus órgãos internos passam a trabalhar, inclusive o pulmão. Ele precisa respirar por conta própria, mamar, seu estômago agora funciona, e seus movimentos não mais encontram a contenção uterina, mas sim o ar. As luzes e os sons do mundo lhe chegam de forma direta agora, e ele não tem mais o suporte e a flutuação da água para sustentar o peso de seu corpo; ele agora precisa também se familiarizar com a força da gravidade.
Muitos processos internos estão acontecendo em um bebê. O crescimento do ser humano durante o primeiro ano de vida é muito rápido e intenso. Por isso mesmo, é importantíssimo para a vida toda de cada um de nós.
Vamos voltar ao bebê. Sem entrar muito nos detalhes de todas as gigantescas mudanças que o bebê vive agora, mas com um pouco de noção da magnitude delas.
Considerando o alto nível de fragilidade e dependência de um bebê, se faz necessário que, para que este bebê sobreviva, ele receba cuidados constantes 24 horas por dia. Caso contrário, o bebê pode morrer. Mas quem conseguiria oferecer cuidados ininterruptos assim? Precisa ser alguém que esteja tão conectado ao bebê, que consiga deixar suas próprias necessidades em segundo plano, para atender as do bebê, que são mais urgentes. Um adulto com fome consegue realizar suas atividades mesmo assim (não vamos considerar aqui situações extremas, mas o cotidiano de alguém que não conseguiu almoçar, por exemplo). Por quê? Porque ele tem noção de tempo, e sabe o significado de ‘em 5 minutos’, ‘em 3 horas’. Ele sabe que, assim que terminar determinado trabalho poderá afinal, comer. Já um bebezinho não tem noção alguma de tempo, ou de espaço. Não é possível fazer um bebê entender que ele precisa esperar pela mamada, só mais 15 minutos. Os bebês, e as crianças, vivem no presente. Um bebê só tem necessidades, e não caprichos. Quando sente fome, frio, coceirinha na bochecha, solidão, ou qualquer outra coisa, tal sensação ocupa todo seu ser, e é isto que o bebê vivencia. Um bebê pode chorar desesperadamente tanto por algo vital, como matar a fome, como por algo mais leve, como uma picadinha de mosquito. É assim porque ele vive a sensação sem nenhuma noção de tempo ou espaço, ou de valores. Ele só sente.
As necessidades de um bebê são muito básicas, e simples: alimento, comunicação, colo e calor humano, higiene. Para um bebê, pouco importa a decoração do quarto ou a roupinha que veste. Ele nem repara se sua mãe está de pijama às 3 horas da tarde, ou bem vestida e maquiada.
Então, dadas necessidades tão urgentes e básicas, como alguém consegue atendê-las?
A fisiologia do processo de nascimento, orquestrada por um complexo coquetel de hormônios, faz com que, após o parto, mãe e filho se apaixonem perdidamente. A mãe segura seu bebê nos braços logo que ele nasce. Ambos estão bastante alertas e impregnados de hormônios que trazem sentimentos de amor, dependência e prazer. A força deste amor é tão grande que, mesmo nas cesarianas com hora marcada, e onde mãe e bebê são separados após o nascimento, o sentimento de amor mútuo brota. É deste vínculo forte e amoroso que nasce a pessoa que coloca sua vida em segundo plano temporariamente, para atender as necessidades de seu filho.
Tudo isso acontece num nível não racional. O intelecto não contribui nesta adaptação. A inteligência da mulher, e a inteligência da relação mãe/bebê, vêm dos hormônios, do cérebro instintivo, e dos processos psíquicos específicos pelas quais a mulher passa nesta situação.
Lá no fundo de seu ser, a mãe sabe que seu bebê pode morrer, caso ela não tenha os cuidados necessários. Por isso as mães se preocupam e fantasiam as situações mais absurdas, com pouquíssimas chances de se tornarem realidade. As mães consideram tudo. Muitas, após o nascimento de seus bebês, sentem o mundo como muito invasivo, perigoso, barulhento, tenso. Elas estão protegendo seus bebês indefesos. O sono das mães se adapta também, e fica bem mais leve, com ciclos mais curtos, como o de seu bebê. Ela acorda facilmente, por conta de algum barulhinho do bebê, ou até mesmo antes do bebê acordar, tamanha é a sintonia mãe/bebê. Este mecanismo precisa ser assim, senão o bebê simplesmente não sobrevive, ou enfraquece.
O sentimento da mãe em relação ao choro de seu bebê entra neste contexto. O choro de um bebê é a ÚNICA forma de comunicação concreta que um bebê possui. Quando o bebê chora, algo está faltando, sua sensação está ruim, e tomando conta de todo seu ser. Podemos perceber facilmente o desespero que vai tomando conta do choro do bebê, quanto mais tempo passa para que seja atendido. Este desespero aumenta muito quando o bebê chora sozinho, sem estar no colo amoroso de alguém.
Para a mãe, conectada e vinculada ao seu filho, este choro é como uma faca penetrando seu peito, e sendo retorcida aos poucos. Ela não consegue, e nem pode, ignorar este choro. Vai contra seu instinto de mãe.
“É sempre melhor responder ao choro o mais rápido possível, antes que seu bebê fique muito incomodado e estressado. Seu choro tem o objetivo de chamar a sua atenção e garantir a sua sobrevivência. Os bebês não têm a capacidade de manipulação, e você não vai ‘mimar’ seu bebê se reagir imediatamente e pegá-lo no colo. As pesquisas mostram que bebês cujos pais respondem prontamente ao seu choro tendem a chorar menos após 6 meses de vida do que bebês cujos pais ignoram o choro.
É muito difícil, senão impossível, para a maioria das mães ignorar um bebê chorando. O choro do bebê estimula um aumento da secreção de um dos hormônios da maternagem, a prolactina, e faz com que você naturalmente queira pegar seu bebê, e confortá-lo. A Natureza nos fez deste modo, para que respondamos desta maneira, por uma boa razão. Quando o bebê é deixado chorando, logo ele aprenderá que ninguém vem, e irá parar. Ele pode até dormir a noite toda. Apesar de isto ser conveniente para os pais, e de ser o principal argumento dos métodos de treino para dormir, eu acredito que deixar um bebê chorando acaba com a confiança, pode fazer com que o bebê se sinta sem esperança e sem ajuda, distancia as mães de seus bebês, e acaba minando seu relacionamento.” Janet Balaskas, Natural Baby, editora Gaia Books, páginas 75 e 76

Quando um bebê chora, sua mãe está chorando também. Por quê a sabedoria natural de uma mãe não estaria certa? Por que, de verdade, deixar uma criaturinha como um bebê, desassistido?

Quando, ao contrário, a mulher se entrega ao amor que sente pelo bebê, e se entrega para esta relação, confiando em seu próprio senso materno, mãe e bebê se aproximam e se entendem. A mãe vai continuar tendo bastante trabalho, e se sentirá cansada muitas vezes. Entretanto… Ela entra no sagrado da maternidade. Com o passar dos dias, ela vai percebendo que conhece seu bebê, e que o seu colo quentinho é o lugar preferido e especial de seu bebê. Ela perceberá que, para seu bebê, ela é tudo. Representa tudo. Os olhinhos do bebê brilham para sua mãe. Ele olha para ela, apaixonadamente… E ela consegue se entregar para esta magia, sem receio de ‘amar demais’, de ‘ser escravizada’, e outras expressões tão comuns em nossa sociedade.
Durante quase todo o primeiro ano de vida do bebê, fica muito mais evidente o trabalho de cuidar do bebê do que a parte divertida e prazerosa. Mesmo assim, é apaixonante trocar sentimentos com o bebê, sentir seu cheirinho, olhar seu rostinho, e se derreter por ele! Mas, quando o bebê está maiorzinho, quando engatinha e brinca mais com as pessoas, os resultados de tanta dedicação no início começam a aparecer como as flores desabrochando numa árvore que precisou ser regada todo dia para, enfim, resplandecer.
Bebês que ganham bastante colo, bastante contato olho-a-olho e pele-a-pele, que tem suas necessidades atendidas prontamente, vão se tornando crianças seguras, fortes, felizes, risonhas. Vejo este fenômeno todos os dias. É muito fácil reconhecer crianças criadas assim. São crianças que sabem que são amadas, e, por isso, são muito confiantes. São também muito conectadas com seus pais, porque confiam neles.
A história de vida de cada pessoa, sua infância e o modo como ela foi cuidada interferem na forma como esta pessoa será pai ou mãe. Dependendo das experiências de vida, pode ser muito difícil viver esta entrega amorosa com um filho, porque o contato é muito próximo, e um bebê, ou uma criança, são diretos, olham nos olhos, e se doam sem reservas. Se o adulto consegue identificar-se dentro de um padrão de distanciamento, é possível reverter isso, e aproveitar o amor da criança para transformar sua própria história, e se permitir ser amado por um filho.
“Os bebês são criaturas maravilhosas  e brilhantes. (…)  Cuidar do seu filho talvez seja a tarefa mais grandiosa e recompensadora da sua vida. Quando você aceita a dependência natural de seu bebê em relação a você no início, significa que você fez tudo o que podia para construir uma base sólida para o desenvolvimento do seu filho. Este é o maior investimento que você pode fazer no futuro dele. (…) Aproveite!” Janet Balaskas, no prefácio de ‘Natural Baby’

Abaixo, referências de alguns livros excelentes, que tratam com profundidade do tema

Pais/bebê – a formação do apego, de Klaus e Kennel. Editora Artes Médicas. (Marshall Klaus e John Kennell são pediatras e professores universitários de pediatria da Case Western Reserve University School of  Medicine, de Ohio)

A Criança Mágica, de Joseph Chilton Pearce. Editora Francisco Alves. (Joseph Pearce foi professor da área de Ciências Humanas, pai de 5 filhos, e autor dos livros ‘The Crack in the Cosmic Egg’, e ‘Exploring the Crack in the Cosmic Egg’.

Three in a Bed – the benefits of sleeping with your baby (tradução livre: três na cama – os benefícios de dormir com o bebê), de Deborah Jackson. Editora Bloomsbury. (Deborah Jackson é autora de 4 outros livros ligados ao tema da maternidade: ‘Letting go as children grow’, ‘Baby Wisdom: the world’s best-kept secrets for the first year of parenting’, ‘Eve’s wisdom: traditional secrets of pregnancy, birth and motherhood’, ‘Do not disturb: the benefits of relaxed parenting for you and your child. Seu livro sobre os benefícios de dormir com o bebê, resultado de extensa pesquisa, tem sido aclamado e elogiado por várias instituições, como o jornal Daily Mail, as revistas Times Magazine, Mother, Parents Magazine e Australia’s Parents.)

Tocar – O significado humano da pele, de Ashley Montagu. Editora Summus editorial. (Ashley Montagu é autor de mais de 60 livros que tratam de psicologia, fisiologia, antropologia, amor, agressão, anatomia, entre outros assuntos relacionados. Foi professor nas universidades de Harvard, de Nova York, da Califórnia, na Universidade Rutgers, e na de Princeton.)

Natural Baby, de Janet Balaskas. Editora Gaia (Janet Balaskas é autora de vários livros, entre eles ‘Parto Ativo’, ‘The Waterbirth Book’, ‘Preparing for Birth with yoga’, ‘The Encyclopaedia of Pregnancy and Birth’. Janet é reconhecida internacionalmente por ter desenvolvido o conceito de Parto Ativo; é pioneira do parto natural, precursora da prática de yoga para gestantes, e treina profissionais do mundo todo para trabalharem com parto ativo, além de já ter influenciado mudanças nas maternidades do mundo todo.)

The Continuum Concept – in search of happiness lost, de Jean Liedloff. Editora Da Capo Press. (tradução livre: O conceito contínuo – em busca da felicidade perdida. Este livro foi escrito a partir da experiência da autora nas florestas da América do Sul. Jean Liedloff passou 4 anos morando com povos indígenas, e observou suas crianças, criadas com muito colo e contato social, sem medo ou privações. Percebeu como estas crianças, e a atitude dos adultos para com elas, era muito diferente das crianças ocidentais. Ela então desenvolveu o Conceito Contínuo, que define este olhar, e busca demonstrar a importância de proteger bebês e crianças de privações emocionais.)
 
Por: Talia Gevaerd de Souza
 
Psicóloga (CRP08/15371) para gravidez, parto e pós parto
Instrutora de Yoga e Parto Ativo pré e pós natal
Doula
www.centrodepartoativo.com.br
www.partoativobrasil.com.br
 
 
 

terça-feira, 25 de junho de 2013

Círculo de Mães: Participe de um!

Percebo que depois do Nino fiz muitas amizades novas, já na gravidez conheci algumas meninas/mães que hoje estão no meu círculo das amigas que mais me identifico e falo no meu dia a dia, outras conheci depois que o Nino nasceu. Essas mães/mulheres e amigas muitas virtuais que se tornaram reais, outras conheci em cursos, movimentos que participei, da escola do Nino, todas foram importantes para a superação de algumas inseguranças de uma mãe de primeira viagem e me ajudaram a me inserir na minha nova realidade, certamente os nossos encontros, conversas e trocas de experiências me ajudaram muito a vivenciar a minha maternidade de uma forma tão gostosa e me ajudaram sim a ser uma mãe e uma pessoa melhor. O blog, as mães que acompanho e que estão sempre aqui comentando e trocando experiências me ajudam dia a dia. Aprendo tanto com outras mães e muitas se identificam também com situações que eu passo e escrevo aqui no blog.
Esse texto da psicóloga e doula Talia Gevaerd fala sobre a importância desse círculo de mães e nos propõe a participação nesses grupos, se ainda não tem, procure um ou crie o seu! Em Curitiba existem algumas atividades para as novas mães, onde se conversa bastante, aprende e ensina mães que estão vivendo o mesmo momento. E na sua cidade, conhece atividades assim? Pode ser muito bom para a nova fase!

Círculo de Mães: Participe de um! Crie um! Talia de Souza

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Quando uma mulher vira mãe, ela entra em outra dimensão. Continua circulando por este mundo, conversando com as pessoas, indo ao supermercado e pagando contas. Para os desavisados, parece exatamente a mesma pessoa de sempre. Numa avaliação rápida e superficial, nem se nota que tudo mudou. No entanto, ela está agora, e para sempre, vivendo a partir de uma nova perspectiva. Seu cérebro funciona diferente, sua psique está adaptada para reconhecer e atender as necessidades de seu bebê, de tal modo que ela consegue se colocar em segundo plano até nas coisas mais básicas, como tomar banho e se alimentar com calma.

Uma mãe de bebezinho está exposta emocionalmente. Quase indefesa, no sentido de que suas forças estão todas direcionadas para cuidar e entender seu bebê, e não para se posicionar no mundo. Ela é alguém que tem necessidade de receber mais carinho, atenção e proteção, como se fosse um combustível extra, que ela repassa para seu bebê. Cuidar de uma mulher grávida, ou parindo, ou no período pós parto, é cuidar do bebê. Das futuras gerações. De um mundo melhor.

Esta condição é tão especial, e tão fácil de passar despercebida, que freqüentemente as mães não se sentem compreendidas nos meios sociais que participam. Elas não costumam receber elogios pela sua maternagem, nem mimos, como massagem nos pés, alguém que faça a feira para ela, lave a louça, ou a escute contar sobre suas descobertas diárias com seu bebê. É comum serem alvos de comentários que criticam seu jeito de cuidar de seu precioso bebê, ou de dicas e conselhos que nunca foram solicitados, ou histórias tristes de outras mães e bebês.

Por isso, freqüentar um círculo de mães é muito, muito benéfico. Mulheres com seus bebês. Todas vivendo a mesma experiência. Mulheres que se entendem e se apóiam, sem julgamentos. As conversas sobre cocô, cólicas, fraldas, sono do bebê, cansaço, gestos e sons fofinhos que seus bebês fizeram pela primeira vez, são sempre assuntos super interessantes. Temas que rendem horas de comentários e reflexões. Uma mãe, que jurava que determinada situação só acontecia com ela, descobre que várias outras passam ou já passaram pela mesma coisa, e já acharam até uma solução. Aliás, uma solução que pode ser  bem proveitosa, por sinal.

São mulheres cheias de prolactina e oxitocina, hormônios relacionados com sentimentos maternais e amorosos. São mães que tem compaixão umas pelas outras, que estão no auge da capacidade de acolher e amar. Elas dão gargalhadas juntas, cuidam dos bebês umas das outras, trocam confidências e desabafos, e se protegem. E mais, elas se divertem! Vão para casa mais tranqüilas, sentindo-se compreendidas e confortadas. Os bebês, que fazem parte do mesmo corpo emocional da mãe, sentem suas mamães em paz, e ficam bem.

Quando consideramos o contexto social na qual as recém-mães vivem, fica fácil perceber o oásis que encontros assim representam. As mães fazem yoga pós parto juntas, massagem em seus bebês, vão para parques, marcam encontros nas casas umas das outras, participam de grupos temáticos e/ou vivenciais sobre relação mãe/bebê, desenvolvimento dos pequenos, ou apoio aos sentimentos maternos.

Se você ainda não freqüenta um grupo assim, por que não participar? Ou quem sabe, junte algumas outras mães, e comece um! Logo logo o grupo aumenta, e vai ficando cada vez mais divertido, agradável e produtivo. Você descobre que pode ajudar outras mulheres, e que consegue cuidar muito bem de seu amado bebê, bem do seu jeitinho de ser mãe.

É possível, num certo sentido, ‘ensinar’ um filho a ser feliz. Quando você está satisfeita, e tem uma atitude positiva diante da vida, cria uma referência de felicidade, que seu filho aprende a usar como modelo. O primeiro ano de vida do seu bebê só acontece uma vez. Por outro lado, deixa marcas profundas em seu corpinho, personalidade, saúde… O colo que o bebezinho recebe, as palavras carinhosas que ouve, as necessidades atendidas, o olhar e sorriso da mãe, o aconchego de seu colo quentinho e amoroso… Tudo isso contribui para que o bebê construa sua segurança emocional, sua força e sua confiança, em si mesmo e na vida.

Por isso, seja você feliz, e aproveite seu tempo para curtir seu bebê. Um círculo de mães pode ajudar bastante nesse caminho.

Por: Talia Gevaerd de Souza


Psicóloga para gravidez, parto e pós parto
Instrutora de Yoga e Parto Ativo pré e pós natal
Doula
www.centrodepartoativo.com.br
www.partoativobrasil.com.br



segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Sling - Por quê usar?


Semana do Sling, aqui em Curitiba teremos um monte de atividades legais que incentivam o uso do e divulgam seus benefícios!


Eu usei com o Nino, é prático (gente fazer tudo com as duas mãos não tem preço!), gostoso (afinal você e o pequeno ficam assim grudadinhos e após uma temporada de 9 meses na barriga é também muito confortante para a mãe e para o bebê essa proximidade e carinho.
Existem vários modelos no mercado, eu ganhei um de argola de uma amiga, e foi o meu companheiro de vários passeios. Teve fases de revolta do Antônio, outras de aceitação total, mas confesso que o fato do sling ser de argola limitou um pouco o uso a partir de um certo tempo, a argola forçava e doía as minhas costas. 



Nunca tinha usado o estilo Wrap, até esses dias e me apaixonei por esse modelo de sling. Peguei um bebê e um sling "emprestados". Na verdade estava cuidando um pouquinho do filho de uma amigona minha, a Fer. E o filhote dela fica muito bem no sling!!! O pequeno ficou o tempo inteirinho super- hiper tranquilo, coisa mais doce!!!!


Eu tive a certeza que no próximo filho eu vou usar esse sling modelo Wrap. É super confortável mesmo, pra mãe e pro bebê , percebi pelo grau da tranquilidade dele.


Pras futuras mamães, ou mães que ainda não conhecem eu super indico o uso do Sling. Por que?

- Como falei lá em cima, é super prático, você consegue fazer tudo juntinho do seu bebê fortalecendo o vínculo.
- Os Slings diminuem muito o choro do bebê, ele relaxa seu pequeno.
- Seu bebê fica próximo do local onde vivia", perto do seu cheiro, do som do seu coração e a temperatura do seu corpo auxilia a mantê-lo aquecido.
- O bebê tem menos cólicas e refluxos e favorece a digestão.
- o Sling ajuda no desenvolvimento da percepção do bebê pois enxerga o mundo do ângulo de um adulto. 
- O seu filho pode dormir tranquilamente dentro do sling.
- Você pode até mesmo amamentar com ele.
- Deixa o bebê mais seguro
- Deixa a mãe e o pai mais seguros.
- (dica fútil!), ele cobre a barriga toda, no pós parto em que ficamos barrigudas o sling cai como uma luva (é fútil sei, mas é verdade!!)
- Pra quem tem 2 filhos (como a minha amiga que me emprestou o sling) o uso dele é uma mão na roda, ela consegue até dar banho no filho mais velho com o outro no sling.

É isso, aconselho as mães a experimentarem todos os modelos para assim descobrir com qual sentem-se mais seguras!!!

Boa semana do Sling pra todas!!!!









segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Os pitacos

Sempre falo de quanto a maternidade me completou, de quanto é bom ter o Nino e como sou mais feliz agora. Pois bem, agora vou falar do que me incomoda. Das coisas chatas que vem com a maternidade o palpite alheio é o que mais me incomodou (muito mais que a pança adquirida, muito mais que as birras ou com as noites mal dormidas, garanto!).
O palpite alheio não nasce com a maternidade, mas se agrava com ela. E de todos os palpites, o mais inútil e mais chato são daqueles que não tem filhos, mas sabem exatamente como educar o seu! Oh coisa chata!


Poderia ter ficado quieto (a) quando diz:


Ele está com fome, você não prefere dar um chazinho, uma frutinha (ou uma água pra sede) durante os primeiros meses tentando me convencer de que meu leite "era fraco" (oi?) e ele precisa de algo melhor.


Você não dá brigadeiro de panela pra ele (aos 7 meses!) ? Você é muito radical! é tão molinho!!


Não está na hora de começar a falar?


Não está na hora desfraldar? Porque não tira e pronto? 


Acho abominável uma coisa como essa. (sling, mochila com cordinha, ou qualquer outra coisa que a mãe optou).


Sling. Coitadinho ele não vai cair? Não ficará esmagado? 


Você não acha que brincar com panelinhas e fogão pode fazer ele ter algum problema sexual? 


Você não deveria fazer assim, eu quando tiver filhos vou fazer bem diferente.



Meninas até podem fazer judô, mas meninos não podem fazer balé.


Se fosse meu filho eu dava uma surra. (ainda bem que é meu!)


Brinquedos eletrônicos são tão mais legais!


Ai coitadinho! Não faz assim!  (na frente dele, após você repreender o filho)



Sempre digo que essa foi a parte que me incomodei, não sei exatamente por que mas ficava realmente irritada com o tanto de pitacos. Antes do Nino nascer eles existiam, mas era mais fácil me esquivar e abstrair, com a chegada de um filho parece que você vira um alvo fácil, suas opções entram na mira dos comentários e nunca agrada a gregos e troianos. O negócio é relaxar, decidir o que você acha certo e deixar entrar por ouvido e sair pelo outro. To aprendendo, pelo menos estou tentando aprender.











sexta-feira, 22 de junho de 2012

o sofá branco

Era uma vez, um sofá beeeem branquinho, aí um belo dia chegou um artista e o customizou.











































E o que eu digo pra essa pessoinha se eu vivo inventando moda com as coisas da casa heim???


quinta-feira, 7 de junho de 2012

Post Pirata - Ser mãe é ser linda!


A mulher em toda sua vida é cobrada pela sociedade para se encaixar nos padrões de beleza e isso não muda quando a mulher vira mãe.
Nossa sociedade coloca como belo o padrão dos reality shows, com corpos sarados, mulheres com a musculatura definida e totalmente modificadas por plásticas.
Me pergunto:” Será que os homens em geral consideram isso o “ó do borogodó”?
Posso falar por mim:
Isso não é beleza....
Pra mim a beleza da mulher é algo que brota da sua sintonia com a vida, algo natural, não depende de uma produção extrema nem de adaptações à padrões estabelecidos pela mídia.
Ver a Laiz grávida com aquele barrigão enorme me enchia de prazer, pois ela estava linda do jeito grávida de ser linda, cheia de vida.
Cada mulher tem um  biótipo e ele muda durante as diferentes fases da vida, aproveitar e saber ser bela em cada fase é  lidar com as mudanças naturais  que o corpo, a expressão, o cabelo e a pele passam durante a vida.
Sou fotografo e volte e meia falo para a Laiz que quero fazer novas fotos dela e a resposta que ouço é : “ Espere que eu emagreça para fazer as fotos”
Alô Mamis: Você é sempre linda!!! Não precisa emagrecer pra ficar linda!

Esse recado serve para todas as mamães, saibam extrair a beleza das suas curvas, curtam o momento e não dependam dos estereótipos para ser felizes.
Sinto certa pena daquelas mães famosas que precisam estar magérrimas nas capas de revista um mês após o parto, quanto sacrifício para se adequar.

Um belo dia virão certas rugas marcar sua face também e você passará de mãe para avó, será que você vai conseguir curtir essa nova fase ou vai depender do botox  pra se sentir eternamente com 30 anos?

Admiro a mulheres que sabem ser belas com as características do seu biótipo e da sua idade, valorizando suas qualidades com feminilidade, elegância e personalidade sem querer parecer algo que não são.

Mamis, vamos fazer aquelas fotos agora?


terça-feira, 8 de maio de 2012

Terrible Two. A chegada.

E pra quem não acreditava que um dia chegaria, prazer:  Terrible Two. Conversando com outras mães já acompanhava a preocupação com seus filhos beirando aos 2 anos (alguns um pouco antes e outras um pouco depois), o fato é o Nino sempre foi um menino tranquilo, com alguns dias mais chatinhos outros deliciosamente perfeitos, e tudo caminhava no meu perfeito ou quase domínio (taurina que sou adoro esse controle) até que um vento bateu torto e  aproximadamente uma semana pra cá a sorte mudou. Se mudou a mais tempo não sei, mas faz uma semana que tenho estado de cabelo em pé.
Com quase dois anos o Nino está no auge da gostosura, esperto, lindo ,brincalhão, fala milhões de coisas, se expressa, me conta história, canta, pede o que quer, brinca, uma delícia. Junto com tudo isso vieram milhões de vontades, não pode ser contrariado, quer tudo na hora (paciência não é um dos fortes), tudo é DELE ( É MEUUUU. Precisamos de um irmão (ã) dhjáaa), grita ( preciso deixar claro pra vizinhança que eu não faço nada pra essa criança gritar,ok?), chora, bate os pés, bate a cabeça no chão, joga tapas ( e daí que eu sempre achei que o meu filho nunca faria isso!).
Esse ultimo final de semana realmente fiquei cansada. A razão de dividir com vocês. Também porque acho que descobri um meio de acalmar os ânimos. Será? 
Claro que fui pesquisar, não gosto de simplesmente rotular uma fase, massificar e achar que todas as crianças são iguais, mas caiu como uma luva quando comecei a ler o que é o famoso: Terrible Two. E me deu um alívio saber que pode ser sim uma fase (e vai passar ufa!), o que acho que poderá ser muito útil pra outras mães que estejam de cabelo em pé como eu, e perguntando-se : Onde foi que eu errei?. Saber que a culpa de toda essa rebeldia não é nossa já nos garante umas conversas a menos na terapia. 
Mas afinal o que é essa joça?
Terrible Two é a adolescência do bebê, os terríveis dois anos. Geralmente acontece entre 1 ano e meio até os 3 anos de idade, e algumas crianças passam de forma mais intensa outras menos (afinal não estamos falando de robôs). Seu bebê que era calminho, passa a se rebelar. É quando a criança começa a se dar conta de que é um indivíduo e quer conquistar o seu espaço, muitas vezes gritando, batendo nos outros, se debatendo,chorando, negando tudo, se rebelando, tirando as roupas e sapatos, o Nino se encaixa em todas elas. Tipo garoto enxaqueca.
Quer almoçar, mas não quer, quer tomar suco, mas quer tomar água, quer subir, mas descer, quer comer feijão mas não quer,quer comer, mas empurra o prato. Parece muitas vezes que nem ele mesmo sabe o que quer. Uma busca de independência ainda imatura. Muitas vezes diz não por dizer não, logo muda de opinião.
Antes mesmo da minha pesquisa fui conversar com a professora do Nino, que se mostrou bastante tranquila com a fase, disse que todos são assim e não deveria me preocupar mas educá-lo para que ele entenda os limites, é uma fase de construção não de tanta preocupação (posso falar isso pra minha dor de cabeça?). 
Então o que fazer?
Primeiramente paciência. Muitos nãos e chiliques ainda devem aparecer por aqui e por aí ( hoho pensa que é só comigo é?), depois repitam comigo: EU NUNCA MAIS DIREI QUE MEU FILHO NÃO VAI FAZER   (se não quiser que caia novamente na testa). Entre outras coisas acho que o melhor é não ressaltar esse comportamento chiliquento, ressaltar o que eles fazem de bom e tentar ignorar quando eles entram no momento rebeldia. Passei a usar essa tática e realmente a duração do grito foi reduzida, ele gritou, me procurou, gritou, me procurou, gritou e veio conversar como se o vento torto tivesse passado (depois conto se continua funcionando).
 Mas como não existe uma cartilha, cada mãe deve ter a sua tática, lembrando que a culpa não é nossa, faz parte do próprio desenvolvimento natural da criança e da sua descoberta  como um ser  independente dos pais.

E no meio de tantos nãos, vejo meu menininho passando novamente a mão no meu rosto , tirando a chupeta, dando um beijo e falando: Mamãe eu te amo. Prazer:  Wonderful Two. Eis os quase dois anos de tanto amor.  


Mais tarde novidades!!! Sorteio daqueles super super super! 



quarta-feira, 4 de abril de 2012

O penico

Mudando de penico pra penico, tivemos um quase desfralde , pelo menos na minha mente fértil de quem quer parar de gastar dinheiro com fraldas. Achei que teria o post: sem fraldas aos 20 meses!!!! Mas foi alarme falso.
Aproveitando que todo mundo pensou que o Nino tinha pedido penico no post anterior e se decepcionou ao saber que quem estava pedindo penico era eu, agora digo: Ele também pediu penico!! No sentido literal penico mesmo, de fazer xixi, cocô (pelo menos deveria ser).
Percebendo que há uns dois ou três meses o Nino estava me avisando que havia feito cocô e queria tirar a fralda, liguei o pisca alerta, iupiiii logo lavarei penicos e não trocarei mais fraldas. Coisa de mãe ansiosa.
O fato é que fomos em uma loja de objetos infantis e o Nino mirou o peniquinho correu pra ele, abraçou e gritou:
-Piiicoo
 E logo soltou:
-Xixi
E quem iria separá-lo do penico???? Ele não largou mais.
Isso foi há um mês atrás e achei que seria o fim das fraldas melecadas, diz meu pai que eu tirei a fralda antes dois anos (seria um desfralde genético?), mas após a aquisição do penico cantante ele passou a ter várias funções, é um ótimo banquinho, guarda brinquedos, é simulador de penico, serve pra tocar aquela musiquinha chatinha e armazenar bolachinhas. Nino esta aproveitando muito bem seu penico novo! Mas de todas as coisas o penico só não serve pra fazer as necessidades diárias do meu filho.

Depois descobri que na escola a professora conta a história de um "troninho", o que explica o rápido reconhecimento do penico, mas conforme eu já previa ele ainda não tem maturidade para a fase do desfralde. Brincadeiras a parte, um longo: Ufaaaa. Meu filho está crescendo rápido demais e um desfralde agora seria jogar na minha cara de forma muito brusca essa realidade.
Não tenho pressa nenhuma que o desfralde acontece, que aconteça na sua hora!
Pesquisei um pouco sobre o assunto e li que antigamente muitos médicos indicavam o desfralde antes dos 2 anos, mas hoje já se sabe que a criança muitas vezes não está preparada nessa fase. O legal é esperar os indícios que a criança mesmo nos mostra e ir tirando aos poucos, sem traumas, brigas ou forçando a barra. Tem muito tempo pro Nino curtir suas fraldinhas ainda, guardar brinquedos no penico (que ele sabe bem que é lugar de fazer xixi) e me deixar curtindo um pouco o meu "bebezico"de fraldinhas.


segunda-feira, 26 de março de 2012

Pedindo Penico!!!

Saudades de todos (as). Por mais que eu tente, fique com dor de cabeça, me prometa, me organize, me desorganize, não tenho conseguido postar com a frequencia que gostaria além de diminuir muito minhas visitas diárias aos outros blogs, morro de saudades, morro de vontade de fugir uns minutinhos do trabalho (como estou fazendo nesse momento) pra conseguir ler todas as pessoas que estão por aqui. Como o trabalho anda puxado (isso é bom viu?!) uns minutos que eu deixo de fazer algo é um tempo que ficarei a noite (no caso pedi penico mesmo!). Dessa forma eu continuo amando ler os blogs das amigas, comentar, responder, interagir, não estou virando uma antipática ok? Mas realmente não tenho conseguido. Resolvi me especializar durante a noite, estudando, aluna de novo dez anos depois, antes de pensar em encomendar o próximo baby, porque aí nem imagino o tempo que eu vou ter (ou não vou ter).
Sabe que quando comecei a postar eu ficava meio puta chateada de escrever nos blogs alheios e a pessoa nunca aparecer no meu tipo a ultima bolacha do pacote. Eis que a gente cospe diariamente pra cima. E agora estou aqui me lamentando e me justificando pelo mesmo feito, e passando a entender que por trás de cada um dos posts  existe uma pessoa (mãe ou não) com mil funções.
Postar, comentar ( parte delícia do dia) muitas vezes não podem ser a prioridade, a menos que eu ganhe um apoiador muitooooo bom e me pague muito pra eu abandonar todo o resto, QUEM VAI QUERER????HAHA HIHI.
Enquanto esse mega patrocinador milionário não aparece eu volto ao meu trabalho (cada dia gostando mais do que eu faço), espero conseguir visitar logo todos os blogs que já não sei viver mais sem.
Oh vício dos bons!!!!!
Saudades!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Toda mãe é um pouco "MOTHERN"

Quando engravidei assisti muito o seriado Mothern. Vocês conhecem? Passava na GNT, mas eu não assisti na época que foi exibido, fui assistir em DVD e vários episódios por aqui mesmo (no computador que vos escrevo!!!) o Nino nasceu e eu assisti a temporada um, a única que encontrei em DVD, toda de novo. A série foi feita baseada no blog e no livro Mothern. Me rachava de rir!!! Fui pesquisar algumas cenas pra trazer pra vocês, e encontrei no You Tube um compilado do ator Alexandre Freitas, um dos maridos/pais de uma das 4 mulheres divertidíssimas do seriado. Muitas das cenas a gente super se reconhece lá. Será que somos todas iguais? Em outras reconhecemos nossos maridos. Será que são todos iguais? Eu e o Edu assistíamos e falávamos: Olha Você aí!!! Igualzinha (o)! Com certeza já perguntei pro Edu um trilhão de vezes se estou gorda! E ele seria bem capaz de levar o Nino pra mamar do outro lado da cidade (oposto a onde eu estivesse!).
Fiquei triste quando vi que tinha assistido todos os episódios e não tinha mais, porque me divertia muito.
Vejam alguns trechinhos.Uma ótima semana!!!!!

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Escapada de mamis.


Quando eu era pequena achava uma chatice jantar só de mulheres (fui em alguns com a minha mãe)... nesses encontros as mulheres falavam besteiras, davam risadas, falavam mal dos maridos, corujavam e riam das peripécias dos filhos. Eis que chegou a minha vez...ontem me arrumando para sair com azamigas, adivinham adivinham...um jantar só de mulheres! Claro que ri do meu eterno achar que não vou fazer algo e rárá...
Foi o segundo encontro das amigas (todas mães), nos encontramos, comemos muito (hora total de esquecer que todas estão querendo diminuir suas barrigas adquiridas na gravidez) , hora de falar mal bem dos maridonces (ah vá ... um pouquinho pode!!! Eles nos enlouquecem as vezes #mecorrijamseeuestiverenganada), e sim babar, babar e babar no nosso maior e melhor feito... eles...os filhos... saber como dorme, quem dorme, quem trabalha, quem nunca mais quer saber de trabalhar e quem jamais pensou em parar de trabalhar. Vou dizer adoro! Em outras épocas me chamaria de velha. Novamente: Cuspi pra cima!
Esse foi o primeiro!!!
Desde que o Nino nasceu, praticamente abolimos as saídas no horário da noite, eu e o Edu, essa hora é a hora de ficarmos juntos os três. Nossa hora. O Nino dorme e voltamos ao trabalho 3o. turno ou madrugada afora. Ficamos velhos? Sem contar que amo mesmo esse momento, do banho do Antônio, luz fraca, musiquinhas, namorar um pouquinho o Edu e depois vir aqui falar com vocês!!!! (a ginástica que um dia prometi fazer a noite foi suspensa por motivos de cansaço maior). Trabalhar sem dormir na noite anterior de festas e baladas já tinha me cansado mesmo  com a chegada dos 30. Desde que casei passamos a selecionar muito o que fazer a noite.
Sempre saí sozinha, ia pra baladas sozinha, jantava sozinha, adorava programas que me sentisse livre e independente de ninguém. Mas ó eu de novo...  precisei de meses, mais precisamente 1 ano, para conseguir essa primeira noite longe do meu rebento. Já havia ficado horas longe dele, ele vai pra escola lembra?, mas a noite... a noite nuncaaaa! Quando surgiu a ideia de começar a encontrar as meninas logo marcamos um Tailandês maravilhoso... no dia o Nino parecia sentir o cheiro da minha primeira saída a noite (parece que estou falando em virar a noite, mas é só um jantar) e começou a ranhetar , talvez até mesmo em cumplicidade ao pai, que fica de bico (discreto e inconsciente) por não estar mais acostumado em ficar sem mim (é o amor...lindo né?). O fato é que na horinha de eu sair começou o chororô e foi o bastante para meu coração ficar amanteigado... e eu ficar falando por meia hora da minha angústia em deixar o Antônio, com as amigas (chata? ahh elas entendem...no fundo todas nós em algum momento sentimos essa angústia), mas fui, foi bom, parecia uma adolescente na sua primeira saída sozinha  renovou as baterias e voltei hiper feliz .
O segundo encontro foi ontem...aproveitamos o frio e fomos comer fondue... e era uma carne, uma risada, legumes, papo em dia, morango com chocolate pança mais risadas.  O Nino dormiu antes de eu sair e só acordou hoje de manhã, o que certamente tornou minha noite mais tranquila (sem amanteigações ).
Com certeza terão outros e já temos novas adeptas para o próximo. Mães unidas jamais serão vencidas! Estou adorando essa fase, de comilanças e muita conversa solta... só pularei o  Japonês, que todo mundo ama menos eu#ACHATA (da série : gostaria de gostar...acho lindo! Mas detesto!), a menos que eu fique comendo aquele biscoitinho a noite toda e lendo frases da sorte (veja que esse biscoito é de restaurante chinês logo eu realmente não gosto e não entendo nada de comida janonesa).
E daqui a pouco será o Antônio, adolescente, cheio de personalidade...achando todos esses jantares uma chatice sem fim...  e eu lembrarei da minha mãe e sua carinha de animação após aqueles jantares tão especiais para ela e suas amigas.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Banho - Antes e depois da gravidez


Para conseguir ler clique AQUI  ou use uma lupa:
           
Conclusão: Depois que virei mãe fiquei:


Menos fresca -Mais rápida
Mais " obrigatóriamente  sustentável" (ver tempo estimado final). 
Menos consumista- Imagine a economia de cremes.
Mais natural- pensando em morar numa aldeia...
Com menos crises existenciais- pelo menos na frente do espelho.


E com um sorriso largo.... ter o Antônio comigo me faz muito...muito mais feliz.
5 minutos de banho e um amor do tamanho do mundo!

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Posso com isso???

Há quem diga que bebês não fazem manhas...há quem diga que bebês fazem muitas manhas e birras... no meio de uma enxurradas de opiniões o Antônio sempre extremamente comportado tem nos dado um baile de expressão e personalidade... há quem diga que é comunicação....há quem diga que é manipulação.
Eu acredito sim que ele entrou em uma fase de mostrar o que quer. Fase de descobertas, descobrir limites, saber o que pode e tentar tudo o que ainda nem sabe que não pode. E se fazemos o que ele não quer? Prepare-se!!!!

Cena 1:
Almoço:
Um almoço deliciosamente preparado, orgânicos, tudo fresquinho, temperos da horta. Comida cheirosa e saborosa . No prato.
Coloco o pequeno no cadeirão.
Primeira colherada.
Cara fechada.
Segunda colherada. Cara fechada novamente.
Pensa em uma mãe achando que estava arrasando com a comida? Me achando a chef gourmet dos bebês? Pensa pensa?
Pensa na decepção.
Ele não gosta mais da minha comida. Meu complexo de faço tudo errado fala mais alto.
Tento não levar para o lado pessoal. A comida é boa. Tenho me dedicado, ele sempre comeu muito e o Edu costuma gostar. A segurança volta a reinar.
Tudo bem ele não quer comer, afinal eu também não tenho vontade as vezes...me convenço...Ufa!
Tiro a comida da frente.
Começa o grito desesperado aclamando sei lá pelo que!
Braços erguidos.
Coloco a comida novamente e ele pára.
O que você quer dizer Nino???
Ele começa a querer colocar o braço, a roupa, os pés (tá, os pés eu estou exagerando...) dentro do prato.
Por uns segundos ele coloca os dedos na comida. Ele abre a boca e come.
Perceba:
Se eu deixar ele colocar os braços no prato ele abre a boca ..se eu não deixar não abre.
Bico cerrado.
Posso com isso???

Cena 2:
Sentados em um café:
Deliciosa parada para relaxar após um dia inteirinho me arrastando no chão, pulando, fazendo a brincadeira do achou /encontrou para fazer as crianças sorrirem para  um ensaio fotográfico... cansada...podre... precisava de um café, um brownie e descanso.
No meio do café Nino começa a reclamar. Quer pegar os potes que estão sobre a mesa. Normal.
Dou a mamadeira dele para distraí-lo, já que estava na hora. Ele dispensa.
Dou um pote. Ele dispensa .
Quer o de vidro.
Dou sachês de açúcar para ele ficar segurando.Ele adora.
Funcionam por 3 minutos.
Uma colher para ele bater na mesa.
30 segundos.
Nada o convence a desistir do atraente pote de vidro.
Ele consegue alcançar. Eu tiro e começo a explicar que aquele cai, machuca, dói, quebra.
Ele começa a agitar, bater perninhas e fazer UH UH UH UH
Penso na possibilidade de sairmos antes que ele reclamasse mais.
Em um fragmento de segundos ele começa... um grito...chora alto... prende a respiração:
Pausa para o grande grito.
Imagine alguém ficando roxa de vergonha, afoita para correr pra fora antes do grito intergalático...
Chego com o Nino na porta do café ele se senta no chão e começa a bater a cabeça no chão...uma duas, três vezes ,como uma espécie de auto flagelação, e me olha ...
Posso com isso?

Conversei com outras mães da mesma faixa etária do Nino da escola dele e descobri que os outros bebês estão fazendo a mesma coisa. Será uma rebelião em massa? Será normal da idade? Ou um pequeno agitador da escola (será o Antônio??) resolveu se jogar no chão e todos prontamente absorveram o gesto? é fato que criança copia. E se mais de uma faz. Motivo dobrado pra copiar.
Volto pra casa , leio milhões de matérias sobre comportamento infantil, livros, procuro respostas...depois me acho uma boba e tento não levar tão a sério. Agora começa a educação, acho que desde a barriga precisamos nos policiar em tudo o que fazemos em tudo que escolhemos pra eles, agir de forma consciente e buscar informações para fazer o melhor. Quero que ele brinque, se expresse, se suje, mas saiba o que é certo e o que errado, saudável ou perigoso ... e o caminho é longo e contínuo.
Procuro soluções para o caso comida. Adoro que ele coma as frutas sozinho...sinta a textura o sabor se lambuze... sinta. Mas não vou deixar ele remexer no arroz, feijão, legumes... quero que ele saiba que aquele momento é a hora de sentar na mesa e comer. Percebo que se dou a comida espetada em um garfo ele leva á boca e come ou se dou uma colher e o incentivo a comer com ela (mesmo que caia tudo) ele esquece um pouco a ideia de colocar a mão na comida... achei justa a troca e me desdobro em encantamento em ver que ele consegue, que ele nos imita que ele está entrando em mais uma etapa...
E percebo dia a dia o paradoxo da maternidade.
No outro dia o Nino me surpreende super fofo almoçando tudo e sorrindo feliz.... .ou me pego encantada em vê-lo indo passear conosco e curtindo um dia delicioso com as amigas, me dizendo o quanto ele é doce e tranquilo.
 E assim vou ensinando e aprendendo...
Sinal que ainda tenho muito que aprender como mãe e ele ainda vai me surpreender muito como filho. Adoro!!!!