A Irmã - C'est la vie

Sabe aquele sujeitinho engraçado, as vezes irritante, as vezes puro amor, as vezes vontade de arrancar todos os fios de cabelo? Sabe aquele sujeito engraçado que nos conhece tanto e nos faz olhar a vida as vezes de uma outra forma? São eles: os irmãos.
Acho tão importante essa relação entre irmãos: o dividir, o conviver, as brincadeiras, a cumplicidade, a frustração de não ser o único sempre, que nos planos estão um irmão ou irmã pro Nino logo. E tem coisa mais gostosa que mais um bebê!!??? Sou apaixonada por eles!!!
A minha irmã:

Livia (é o nome dela), e  é exatamente assim conosco entretapasebeijos. Lica, Li, na adolescência aprontamos juntas, quantas festas passadas em que estávamos "dormindo na casa de uma amiga" (eis que agora tenho um filho, mas eis que meu filho não vai fazer isso claro!!!!!hohoho), quantos conselhos, quantas cartinhas trocadas mesmo morando no quarto ao lado, quantas roupas "emprestada" uma da outra sem a outra saber. Mas vai brigar com a sua irmã? eita pessoa que nos conhece!! por anos a fio eu vivia de dieta e uma bela noite durante uma briga ela solta : Bolinha azul!! (meu pijama era azul) , no dia seguinte após a briga eu complexada ficava tentando entender se era mesmo uma bolinha (azul).

Ela mora longe, bate uma saudades imensa. E quando ela chega tchanananãaaa: brigamos... é quase sempre assim.
Cumplice, amiga, divertida, por muitos longos anos as pessoas lembrávam de nós como "as irmãs" , eramos juntas mesmo, sabíamos tudo, falavamos tudo, saíamos juntas, coladinhas.
Aí a pessoinha aqui resolveu morar sozinha, e passamos a fazer coisas cada um no seu quadrado. Foi uma fase de encontro,descobertas; deixar de ser "as irmãs" pra ser a Laiz e a Livia. Depois a pessoinha ali resolveu ir morar fora, casou com um Francês e dá a volta o mundo (tá , não foi em 80 dias) , viaja, viaja, viaja. C'est la vie.  E a gente fica assim via skype, via fone, via facebook, via carta (os postais mais lindos que eu tenho vem das suas trips).

Viveu e visitou milhares de lugares. Uma viajante nata! Ela já foi pra índia onde teve que tomar a água do Ganges , morou na Nova Caledônia, onde comeu lagarta (eca), morou no Caribe, Montpelie, Lion, foi pra Tailândia agora está de malas prontas para morar no Tahiti , ou meu cotovelo vai doer muito ou eu vou visitar ela dessa vez, sem outra alternativa. Sou louca pra conhecer esse lugar.
É uma maluquete responsável, coloca ela pra trabalhar e ELA vai dar conta, seja  limpar o chão a cuidar de uma equipe, fazer contas, tomar decisões ela possui iniciativa e é talentosa. Mas se pudesse trabalhar numa rede certeza que seria esse o trabalho!!
Alguém parecida comigo em vários pontos, gostamos de cultura, viajar (mas óhhh nesse quesito ela ganha longeee, eu me limitei praticamente em terras tupiniquins, com pequenas excessões), temos a voz parecida, o mesmo jeito de falar. Mas eu gosto de rotina, estabilidade, regras, sou metódica (um tantão a mais pós Nino),  preciso de norte, porto seguro, gosto de ter controle (um erro sei, já que na vida não temos controle de quase nada, por exemplo não consigo mais controlar o horário que durmo, o horário que precisarei acordar na madrugada e nem sequer a bagunça de brinquedos na minha casa). A Lica é o oposto, foge da rotina (mas geralmente precisa se adequar nela) e vive muito bem sem ela.
Dizem as boas línguas que ela ainda volta a morar no Brasil. Eu eu claro felicíssima com essa notícia. Mesmo que seja pra ter alguém pra brigar#ofcorse.
Estamos no projeto : Faça filhos Livia! Queremos um priminho(a) pro Antônio e queremos que ela fique noites em claro só pra ver que não é mole não ,queremos eles brincando juntos, cresçam juntos. Ela sempre diz que daqui há tres anos vai fazer um (mas escuto isso faz uns três anos), logo esse bebê estaria nascendo agora!!!! Mas a barriga dela continua no mesmo lugar.
Enquanto o priminho não chega ela pode se ocupar brincando com o sobrinho, e foi intitulada MADRINHA (junto com o Gaulthier, meu cunhado querido, O PADRINHO). Estamos felizes por ter ela como a madrinha do Nino, tem pessoinha melhor que aquela sujeitinha engraçada, que confiamos, gostamos, trocamos e brigamos (por que enfim a vida não é cor de rosa) para ser a madrinha????
MORRO DE SAUDADES dessa minha irmã mais nova. Uma linda, especial, pessoa que está no meu coração e que admiro muito.

Brincando com tinta

Se tem uma coisa que gostamos de fazer por aqui é bagunça  arte. Esses dias pintamos um monte de peças da casa e o Nino lá querendo participar, como acho super importante esse contato dele com artes de todo o tipo, mas a tinta que eu estava usando não era própria para bebê, fiz uma "tinta" pra ele brincar também. Com água, anilina (pode ser gelatina) e farinha de trigo (o ideal é fazer com amido de milho) ele pintou e bordou. Pintou o papel, a mão, o sapato, a camiseta, a escada, a parede as plantas e o que estivesse pela frente. Com essa "tinta" especial, nada ficou manchado no final, e ele se divertiu muito. Totalmente encantado.

Pintar a escada é muito mais legal!!!!!!

Atividades como essa são muito divertidas,  estímulos para a construção das referências sensoriais da criança, ótima pra brincar, expressar, sentir a textura da tinta e o efeito que ela faz no papel ou em qualquer outra coisa. Aqui papel foi 5 minutos, a diversão mesmo foi pintar a escada .

Toc toc toc - Posso entrar?????

Estou morrendo de saudades de todos, ainda com pouco tempo de atualizar tudo por aqui, em falta sei, mas está tudo bem conosco, estamos bem. Não esqueci de nenhuminha e nenhuminho de vocês. A saudades está grande, todo dia penso que preciso ir fazer uma visita em todas, mas vai ficando tarde, vai me dando sono e dia seguinte está puxadíssimo. Eu sei que pra todo mundo é igual, mas eu decididamente não estava dando conta. Cansaço ao extremo mesmo! 

Decidido que o Nino vai trocar de escola (o trânsito diário de Curitiba definitivamente foi o início dessa decisão) e minha procura pela linha pedagógica que mais se adeque aos meus pensamentos,  idéias e expectativas chegou a linha final.  Foi o mês inteirinho de pesquisa. Estou satisfeita. No momento. O post sobre o assunto virá.

Trabalhando um monte, final de ano, projetos novos, muito trabalho e contas mil (só me resta trabalhar dobrado).

Com as fotos estou brincando, trabalhando cada vez mais e me divertindo. Criei um grupo de fotografia, para brincar, aprender, trocar experiência e dividir,  Foto Brincante o grupo funciona com participantes que saibam um pouco de técnica fotográfica e queiram dividir e aprimorar. A Ananda,super querida, escreveu sobre o grupo aqui. Semanalmente escolhemos uma palavra e cada pessoa do grupo deve enviar uma foto, algumas são postadas semanalmente no blog. Grupo novo, blog novo, recém nascido ainda, mas é delicioso pensar toda semana sobre um tema e ir lá "viajar" na foto. Pra distrair e desopilar mesmo.

Continuo organizando umas panquecadas e devendo o vídeo da Panquecada Interestadual:  aqui e aqui que fiz com a Laura , aliás fiz o bolo rápido de copinho dela por aqui, e ficou uma delíiiiiiicia (super prático pra minha atual falta de tempo).

Das minhas ultimas, é que o Nino inventou de dormir mais tarde, mais um motivo do meu sumiço por aqui. Nesse momento, para conseguir postar , o Edu está lá com ele, ajudando a contar carneirinhos. 

Pensei em alguns momentos em desistir do blog, focar aqui fora, e deixar aí dentro por um tempo longe, acho que não estou só nesse eterno dilema, mas já não sou capaz de ficar longe das amizades que fiz por aqui, do vício de escrever e da necessidade de aprender com outras mamis. Adoro cada uma das amigas que converso, troco, falo, faço receitas, telefono. Enfim, um tanto "escrava" da tecnologia que me faz viver coisas diferentes e me permite desde fazer um amigo secreto virtual, presentear amigas virtuais e tão reais e jantar com novas amigas de Brasília, em tempo real e virtualmente presencial. 

Já não posso ficar sem. Ponto.

Jantar à distância - Panquecas Integrais

Hummm

No sábado passado tivemos um jantar 
delicioso, divertido demais e com ótimas companhias. Meninas queridas estavam aqui na minha cozinha me ajudando, me ensinando e aprendendo um

Olha nós aqui!!!!!!!!!!

Laura em Brasília

 pouquinho. Simplesmente delicioso. Elas lá e eu aqui, e todo mundo junto!!! Como assim??? Eu explico eu explico!!!! Esses dias contei que fiz panquecas integrais e a Laura (diga-se de passagem uma querida que gostaria muito que morasse aqui pertinho de mim!!!) sugeriu que fizéssemos as panquecas juntas. Panquecas 
Interestaduais!!! Ligamos o skype, computadores nas cozinhas e fizemos nossa panquecada!!! 

Nós em Curitiba!

Amei!!! o Edu logo falou que iria participar e fez toda uma traquitana para filmar o "evento" (sim tem filmes...mas ainda não consegui editar, mas vou tentar postar até sábado!!),tem filme daqui, te  filme de lá, tem panqueca daqui, tem panqueca de lá.

Frango, manjericão e muzzarela

Laura sempre caprichando!!

Escutamos música, dançamos, o jantar lotou, Eu, Edu, Nino (panquequeiro oficial!!! Como gosta!!!!), Laura do Adoráveis Inutilidades, Telma do Maternidade na Medida Certa (espero te ver por aqui em Curitiba!!!!adorei ,adorei muitíssimo te conhecer),e o filhote  Henrique, um gostosooo que fala um monte e nos deu vários beijos, e o maridão da Telma.

Minha panqueca de Doce de Leite

Muzzarela e molho pesto

Foi uma farra, a Laura chef do lado de lá, que sempre nos traz maravilhosas receitas no blog dela me ensinou como faço para saber se o ovo está bom, a Telma filmou e ajudou no preparo. Eu fui a "mestre cuca" daqui, Nino comeu muito, comecei a fazer as panquecas integrais pra ficar mais saudável pra ele e acabamos só fazendo essas agora por aqui. Edu empolgadíssimo colocou câmeras no alto da cozinha, filmou de pertinho também e cuidou da trilha sonora do jantar.

Panqueca de chocolate da Laura

Todo mundo adorou nossas panquecas!! Ebaaaa e e a Laura fizemos sucesso!!!!! A receita a Laura colocou aqui. Quem fizer depois conta se gostou!!!!!

Acabou?!

O mais engraçado no final do jantar percebi que a porta da minha casa estava aberta, pensei: esqueci a porta aberta quando as visitas foram embora, juro, por um segundo achei mesmo que elas estavam aqui, tudo tão divertido que parecia mesmo que estivemos todos na mesma cozinha, brincando, cozinhando, dançando, comendo, Nino e Henrique "conversando". Perfeito adorei!!!!! Quero mais!!!!!! 

A História das Coisas. Pra pensar

Ser mãe nos transforma. Muitas coisas que antes achava importante, mas não relevante, no meu dia dia, transformaram-se em papéis fundamentais  do cotidiano. Muitas coisas antes deixadas de lado e ignoradas por mim agora tomam formas e cores e reaparecem.
Em épocas de pensamentos, como já falei pra vocês, fase de reflexão, penso no mundo que espero para o meu filho. Li algo sobre esse projeto: The story of stuff / A história das Coisas e fui lá conferir o documentário escrito por Annie Leonard . Acho incrível como é colocado e tratado o ciclo de vida e de bens materiais, consequentemente o nosso consumismo. Vale a pena ler e analisar, pensar e repensar, o que faço muito mais depois que o Nino nasceu. Por mais que existam responsáveis, não gosto muito dessas atribuições de culpas, acusações e constatações, não acho que a culpa é dos EUA, nem só da mídia, do presidente, nem do bicho papão, nem dos Menudos (foi só uma brincadeira),  a culpa e as consequências passam a ser de todos,  e não falo só de consumismo exacerbado, falo de ética, responsabilidade social e até amor ao próximo.  A culpa passa a ser minha quando não separo o lixo, quando compro algo que não preciso, quando jogo fora algo que poderia reutilizar. A culpa é nossa quando pegamos a vaga destinada á deficientes físicos ou idosos, quando jogamos lixo nas ruas, quando agimos com preconceito ou discriminação, quando acumulamos milhões de coisas que não precisamos ao invés de doá-las (muitas coisas que não servem pra gente podem ser extremamente importantes para outra pessoa). 
Tá, eu já avisei que estou uma chata um ser pensante e fui além do vídeo.
O vídeo trata sobre os processos produtivos das coisas e padrões de consumo, mostra ligações entre problemas ambientais e sociais e  me fez ir além, pensar em que mundo espero deixar para o Nino, que valores, que base. E o que eu farei para que eu consiga fazer a minha parte, aqui dentro, na nossa casa, no nosso dia a dia? Fica a pergunta para que eu vá encontrando e trabalhando as minhas respostas. 
Vale a pena ver o vídeo, são 20 minutos (eu sei que é demoradinho e nós estamos sempre correndo), mas vale pela análise posterior.
E Vocês? o que sentem em relação ao nosso mundo e o crescimento e futuro dos nossos filhos?


História das coisas