terça-feira, 29 de outubro de 2013

3 meses - Meu bebê crescendo!



Todo mês preciso lembrar que passei do dia de comemorar aqui no blog o aniversário mensal do Theo, mas como ando super atarefada tenho me permitido quase sem culpa,mentira morro de culpa de não postar aqui.
Esperava ansiosamente pelos três meses, eles são outros bebes, ou será que nos é que somos outras mães por conhecer um pouco mais nossos pequenos?


Das coisas que se passam por aqui tenho percebido muito forte a nossa ligação e como estamos nos entendendo melhor, a exterogestação fica tão clara pra mim, parece que o meu bebê esta pronto pra esse mundão agora, que esse período de três meses é essencial para esse conhecimento e autoconhecimento. Momento único na vida. Hoje me entendo melhor em algumas situações e consigo saber com mais segurança o que o Theo tenta me dizer diariamente.


Uma coisa que noto sobre ser mãe do segundo filho, é que pra mim em várias ocasiões me sinto mãe de primeira viagem. Louco por que achei que tiraria tudo de letra, mas me sinto inexperiente algumas vezes. Se por um lado algumas "neuras" não existem mais, tenho mais experiência e certeza das coisas que deram certo, por outro por ser um ser totalmente diferente do outro me faz sentir muitas vezes inexperiente novamente. 


Passei por fases conturbadas com a amamentação, mas é com felicidade que digo que ela passou, agradeço à todas que me ajudaram através daqui, do facebook, familiares, amigas que escutaram minhas queixas e ao marido que agüentou a louca desesperada dia sim dia também. Theo parou de chorar sempre que mama, mana um pouco mais, mas tcharammmm ganha pouco peso. Sem os choros me preocupo menos, Nino sempreee foi magrelo e esta aqui fortao e saudável.E estamos aqui felizes com a amamentação exclusiva, não desisti e passei pelos obstáculos no meio do trajeto. 


Como eles se desenvolvem rápido! o Theo esta super esperto, brincando com as mãos, olhando tudo, e levanta e empurra a cabeça quando quer ver algo.

Se vira na cama quando coloco de bruços. 


Sorri muito, pra todo mundo se estiver descansado.


Chora sempre, sem cerimônia, quando quer qualquer coisa, no volume mais alto possível. 


Tem melhorado muito seu intestino, faz coco dia sim dia não, as vezes mais que isso.

foto: monica Lachman
Continua amando o banho, um dos momentos mais relaxastes e legais.


Foi na sua primeira manifestação comigo. Fomos na marcha pela humanização do parto. Família toda.


Agora um pouco depois de completar 3 meses teve seu primeiro resfriadinho, tratei com homeopatia, como venho tratando o Nino desde seus 6 meses.


Ainda não dorme sozinho, já tentei deixar ele na caminha ou no bebe conforto e nada , posso cantar, dar a mão pra ele, acariciá-lo e nada, só adormece no meu colo, durante o dia é no sling, assim posso cuidar da casa e do trabalho, a noite adormece e o coloco na cama. Apenas a noite ele dorme profundamente sem estar no sling. 


Dorme das 9.30/22:30 até 7:30 a 8:30 acordando de 2 a 3 vezes nesse período pra mamar. 



Não dormiu quase nada na noite que demos a vacina dos 3 meses.

Nino se derrete pelo irmão e ele observa tudo o que o irmão faz.

É muito parecido com o irmão bebê, como uso todas as roupinhas que guardei do Nino fica ainda mais evidente essa semelhança. Tem foto que tiramos que confunde todo mundo.


Adora dormir comigo cantando, bem alto. 


Ainda não gosta de andar de carro, não dorme nada e chora, o que me faz evitar ainda de sair muitas vezes.


Gosta de ver pessoas, mas detesta lojas. 


Sempre sorri para o pediatra,até quando ele coloca aquele palito horrível na boca, coisa impressionante!


Tem altos papos comigo, eu falo e ele responde. Uma delícia.


É uma felicidade imensa ter ele completando a nossa família. Amo demais os momentos de historinha, onde conto história para o Nino e o Theo também escuta com tamanha atenção. Amo quando deitamos os três na cama, amo quando estamos os quatro juntos dando risadas. Amo ser mãe de dois. Amo ter meus três meninos!






domingo, 20 de outubro de 2013

Humanização do parto em Curitiba - marcha




Logo que assisti, prometi falar sobre o filme ORenascimento do Parto, o tempo foi passando, a vida uma loucura, e fui deixando pra depois. Confesso que o que tem me entretido muito no momento é amamentar e tentar desnoiar da questão curva do peso X amamentação. Mas nesse sábado dia 19/10 rolou a Marcha pela Humanização do Parto, e obviamente essa manifestação faz com que eu reviva e pense muito no que senti quando assisti o filme, o que senti da minha história com o nascimento dos meus filhos e o que eu sinto em relação ao mundo e as outras mães que ainda vão parir ou não, principalmente aquelas que não irão por imposição, desinformação ou má fé de alguns profissionais ( e sim, existe, para quem ainda não acredita que isso acontece).
A marcha aconteceu em várias cidades do Brasil, muitas vozes, muita gente querendo mudar, muita gente que já sofreu com as feridas de seus partos que nunca aconteceram, muita gente que pariu porque brigou para ter um tratamento respeitoso, profissionais que lutam pela humanização do parto, mães, pais, crianças, todos lá, por uma única causa, mudar algo que está errado, colocar na linha o que saiu dela de forma grotesca e manipulada. Fui marchar, protestar, participar, porque acredito sim que isso pode mudar, e vejo aos poucos as coisas mudando, vejo passos em direção a uma mudança. 
Nada do que eu digo aqui diz respeito às escolhas de cada mãe, mas ao problema de todo um sistema obstétrico que nos induz ao erro, nos cala, nos desrespeita, desrespeitou o meu filho e desrespeita diariamente muitos bebês e suas famílias.


Esses dias fui no Centro de Parto Ativo fazer o meu relato do parto do Theo, contar um pouco de como foi pra mim viver o VBAC, superar alguns medos e me entregar a tamanha emoção. Porém lembro que antes mesmo de começar a falar sobre a minha história me ocorreu falar sobre o meu processo para conseguir parir, infelizmente no modelo obstétrico que nos encontramos hoje no atendimento particular parir é mais que uma escolha, é uma procura por profissionais que estejam dispostos e muita informação, é muito triste que o normal já não é tratado como normal e hoje precisamos nos munir de muitas coisas para que o parto normal aconteça de forma respeitosa e tranqüila. 
Transito por muitos círculos de mães, e a quantidade de mães enganadas, manipuladas e violentadas é avassaladora. No sistema público, onde os partos acontecessem, muitas são obrigadas a parir deitada, sem que possam comer ou se mexer, como praxe é colocada ocitocina sintética para acelerar o parto e muitas mulheres são humilhadas por gritar, não podem ter seus trabalhos de parto acompanhados por seus companheiros, não existem opções, a mulher é simplesmente um produto de um sistema industrial, já no sistema privado a coisa é ainda pior, a maioria das mulheres simplesmente não podem parir , porque erroneamente são levadas a acreditar que existem problemas, que de fato não existem ou simplesmente são incapazes, porque na realidade aquela mulher custa muito tempo para a maioria dos médicos. Não existe humanização.
Eu fotografo gestantes, participo de alguns grupos de mães, tenho muitas amigas e muitas delas terão seus partos no sistema privado. A maior parte fala que quer tentar um parto normal, eu sempre pergunto qual é o seu médico, e quando a resposta é qualquer um que não a meia dúzia de médicos que já conheço e as enfermeiras do Grupo Luar Parto Domiciliar (maravilhoso trabalho) sei que a chance desse parto acontecer é muito pequena,  boa parte só vai acontecer se o neném escorregar (e olhe lá!). Infelizmente fora do circuito de médicos que habitualmente atendem o parto normal a chance dele não acontecer é gigantesca. Parece absurdo, mas é a triste realidade.
 Durante a minha gestação do Theo cheguei ouvir que estava obcecada por um parto, fiquei chateada, mas realmente teve um período que falava muito sobre isso, hoje sei que aquele movimento foi extremamente importante. Se eu não tivesse procurado muita informação, conversado com as pessoas certas, não tivesse a minha doula comigo, um bom obstetra que concorde com um parto humano (desconfio que existam inúmeros que sequer sabem fazer algo além de cirurgias), não tivesse freqüentado grupos de mães, falado muito, conversado, desejado tanto, meu parto pós cesárea não teria acontecido, mesmo que fisiologicamente estivesse tudo certo o médico errado teria me convencido a desistir por falta de dilatação, contração ou qualquer outro motivo torpe. Ora foram 30 horas de trabalho de parto!  E aconteceu, e foi lindo.
E se não pude ou não soube ter voz quando o Nino demorou 5 horas pra estar comigo e ser acalentado e amamentado na hora que nasceu, dessa vez foi diferente. Sem aspiração, cordão pulsando após a saída do bebê, sem o banho esfregão assim que o bebê sai da barriga, amamentando desde o primeiro minuto de vida e sem nenhuma separação durante a minha estadia na maternidade. Pra que isso acontecesse, me muni de muita informação e bons profissionais. Hoje sei, que sem isso não teria sido assim.
Hoje durante a nossa marcha, onde cantamos, falamos, distribuímos panfletos foi passando um filminho na minha cabeça, como aconteceu durante o filme. As vezes penso, como deixei que que o meu pequeno grande amor ficasse 5 horas longe de mim, o que me impedia de dizer o que eu queria? o que me impedia de me empoderar e de simplesmente ter voz? Penso o quanto errei com a chegada do meu querido que tanto transformou a minha vida, aquele corpinho frágil separado de mim logo no início, como pude errar com ele, logo com ele? quantas mães não se sentiram impotentes nos seus partos no hospital? quantas se calaram apenas por aceitar um sistema que não coloca a mãe como protagonista e sim como coadjuvante de seus próprios partos?


Adelita 
Marchei por mim e por todas as outras mulheres, marchei pelas crianças, marchei por um mundo onde se respeita profissionais que cuidam do bem nascer dos nossos bebês, marchei pela nossa amiga e enfermeira Adelita Gonzales do Grupo Luar que sofreu perseguição e foi afastada no hospital onde trabalhava por respeitar mãe e bebê cuidando do nascimento como ele deve ser e por tantos outros profissionais perseguidos por um sistema obstétrico precário e desrespeitoso. Marchei por um mundo mais humano.
E que o mundo nos escute, e que as mulheres se empoderem , que o sistema obstétrico do nosso país passe por profundas mudanças. Que as muitas mulheres e famílias unidas clamando por mudanças sejam ouvidas e finalmente que o mundo possa mudar. E que a frase tão repetida e que tem estampado o ativismo materno seja abraçada:


"Para mudar o mundo é preciso mudar a forma de nascer" Michel Odent


Família reunida na Marcha








sábado, 5 de outubro de 2013

Post Pirata - Ciclos

Madrugada de sexta-feira , todos dormem e eu (Edu) estou aqui, voltando a me arriscar com as palavras no blog.
Algumas horas atrás a Laiz começou a ler pra mim alguns posts do início do blog. Que sensação gostosa é revisitar  cada momento que deixamos registrados aqui no blog, quanta coisa mudou em nossa vida, desde a chegada do Theo até a mais simples lembrança do cotidiano.
Entre tantas palavras e sentimentos inúmeras imagens ilustram esse caminho.
Acredito que dentre todas as imagens que fiz em minha vida, as que ilustram esse blog são as mais importantes, pois são a reportagem mais íntima que eu posso fazer, ilustrando os belos textos escritos pela Laiz, como um espelho de nossa vida.
Certamente muita coisa aconteceu que não foi registrada aqui, pois mesmo expondo nossas idéias e vida, tudo tem um limite (ainda bem) e nossa intimidade fica restrita à nossa casa.
Foram inúmeros ciclos durante esse período onde amadurecemos, crescemos e construimos nossa história.
Sinto que estamos chegando a um novo ciclo de nossa família e do blog, em breve essas mudanças vão se refletir aqui no blog.

aguardem novidades ...



sexta-feira, 4 de outubro de 2013

DIY - Sofá de Paletes - Reciclando

Faz tempo que fizemos esse sofá, mas comecei a fazer o post e foi ficando, ficando e agora saiu. Fizemos o sofá durante a gravidez do Theo, o nosso antigo sofá era branco, com a chegada do Nino + os lápis e canetas que existem disponíveis na nossa casa o sofá branco era uma obra prima da arte moderna. Cansei de ver todos aqueles riscos, também não queria investir em um novo sofá, afinal estava à caminho um possível novo "pintor" na nossa casa. Decidimos então criar um sofá reutilizando paletes, que muitas vezes são descartados. E além de reciclar, deixar a sala com uma cara legal e diferente ficou também bem aconchegante. Vira e mexe estamos todos lá, deitadões. 

Segue passo à passo da preparação do novo sofá.

Você vai precisar de um paletes cru, tinta branca, rodinhas e almofadas.

Dica: em fábricas de papel geralmente jogam fora vários desses paletes novinhos.






Primeiramente pintamos de branco, cobrimos ele todo com a tinta branca sem grande preocupação de deixar perfeito, a idéia era ficar rústico mesmo.





Depois foi a vez de colocar rodinhas de silicone bem fortes, com trava na parte traseira, para não escorregar. 
Se quiser que realmente não escorregue coloque rodinhas com travas em todas as posições, a minha escorrega bastante devido ao peso dos paletes.






Depois utilizei almofadas que eu mandei fazer para forrar, mais duras,  revesti ela com tecido ( eu utilizava essas almofadas em outro ambiente e passei pra cá). E almofadões que também mandei fazer, com espuma e revesti com tecidos também.






 PRONTINHO. O sofá esta pronto. Olha o resultado final na sala!








 Ps. Tem post antigo onde conto como fiz aquele móvel amarelo da foto.



BOM FINAL DE SEMANA !!!

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Tipos que uma mãe irá encontrar.

Sempre tem um figurinha pra dar seu palpite, sua piadinha "legal", dar seu comentário "genial" ou simplesmente nos fazer rir. Na gravidez, escutei  pérolas do tipo: ahhhh um menino! (Quando anunciei o sexo), que pelo menos que venha com saúde. Depois vinha:  e agora, vai tentar uma menininha? Morria de raiva.

Ai ele nasce e aparecem outros tipos, conheci vários deles com o nascimento dos meus dois filhos, alguns desses tipos são vários em um só, e eu em algum momento, posso ter sido um deles. segue alguns dos que encontro pelo mundo:

O intrometido- Abre o Sling pra certificar que tem alguém lá, cutuca o neném quando ele dorme e adora dar sua verdade sobre a personalidade dele: bravo não? Como um bebê de 2 meses pode ser rotulado de bravo?

O cantor de quinta - Adora cantar, mas não cirandas e musicas que não destroem os nossos ouvidos  boas, e sim, uma dessas musiquinhas ridículas da moda, seja leque leque leque leque, ou piripiipipipi, na tentativa de tirar uma risadinha da criança.

O ventríloquo - Sempre que vê um bebê fala por ele:
- Ai como eu sou bonito.
-  Quero mamar
- Estou querendo conversar mamãe!
 O pior exemplar desse tipo gosta de mandar recados pra mãe:
- Mamãe eu quero ir na casa da ........... (no caso ela!)
- Mamãe quero mamar (tipo você não está certa querendo fazer seu bebê dormir, você não sabe o que ele precisa!)
- Mamãe se eu ficar no colo vou ficar mal acostumado (oi?!).

O boicotador - Aquele que gosta de boicotar qualquer coisa que a mãe decida. Esses dias fiquei sabendo que enquanto um casal de conhecidos "cuidava" de seu sobrinho que só era amamentado no peito eles gentilmente davam doce de leite pro bebe. Infeliz absurdo.

O aconselhador - Esse vem dar seu conselho preferencialmente quando você não pede. Por que você não da leite artificial? Porque nao lê o nana neném? Porque não deixa chorar?

O ajudante perdido- Sempre se prontifica a ajudar. Só que não. Nunca aparece quando precisamos.

O bebe tardio - Fala tudo errado, ou melhor, fala tudo elado, faz biquinho de bebezinho, afina a voz e manda:
- Vamo dandá (andar) coisa totosa?
É um tal de totosa, l no lugar do r
Como o Nino fala muito certinho desde bem cedo ele vivia corrigindo o tipo "bebê tardio". Eu me divertia de ver o Nino explicando que não é molango ( e sim morango), não era tetê e nem pepeta. Um sarro.

Tem também a junção de bebe tardio com o ventríloquo. Esse é um dis mais chatos e olha que esse é um dos mais abundantes também.

Alguns são divertidos, outros irritam, mas diariamente encontramos eles por aí.

E vocês conhecem algum tipo desses? Ou algum tipo diferente? Me contem!