Antes de entrar na publicidade dei uma passeada pela turma de pedagogia, explicando melhor eu fiz um ano de pedagogia, com meus 18 anos, sem saber direito o que queria (só que amava crianças e me parecia interessante me formar em pedagogia e abrir uma escola) estudei e passei pro segundo ano. Um pouco perdida no meio de Vygotsky, Piaget, Montessori, Wallow, Steiner, Waldorf, Democrática, Tradicional, Construtivista e outros tantos métodos, escolas e linhas pedagógicas e não entendendo o porque de estudar tanto tudo isso pra me formar uma pedagoga (oi??!), decidi prestar novo vestibular e mudar de curso. Feito. Após
muitos anos depois um tempinho depois me pego pesquisando, lendo, olhando, procurando tudo aquilo novamente, e passando a entender o porque de toda aquela base no curso de pedagogia . Agora com um motivo especial, a educação do Nino.
E precisa de tudo isso? Acredito que sim, afinal gosto de tomar decisões na educação e criação do Nino baseado em alguma informação, já que virão um trilhão de críticas, que eu saiba o porque da minha escolha.
Acho que a educação no Brasil está antiga, ainda muito tradicional muitas escolas se colocando como "diferente", construtivista ou sócio interacionista, ou blá blá blá e na prática igual as muito antigas. E não era o que eu buscava pro Nino. Primeiro porque acho a educação o que eu posso dar de melhor, e acho muito importante essa primeira fase dele onde considero o "brincar" principal forma de aprendizado.
No primeiro momento (o berçário) priorizei bons cuidados e muita higiene (até mesmo de forma psíquica , com apergunta base: Se a chupeta do meu filho cair no chão o que você fará??), queria uma escola pequena, professoras sorridentes, e um lugar que "cuidasse" bem do meu bebê, afinal eu precisava trabalhar o meio período. Após esse período de berçario tudo muda pra mim, estava sim, muito interessada na parte pedagógica da questão.
Pensei na Waldorf, acho maravilhosa , mas ainda um pouco distante de algumas coisas do meu dia a dia, fui nas contrutivistas, montessorianas, sócio intperacionistas, e nas que diziam que era tudo isso (mas de cara percebia que era só um rótulo não aplicado realmente na escola). Visitei umas 20 escolas, liguei milhões de vezes pras amigas pedagogas, conversei por horas com meu amigo google, li blogs, desenterrei livros antigos e fiquei um mês incomodando o Edu com os meus "estudos".
Na prática o que eu queria:
- Respeito ao ritmo de cada criança
- O brincar como forma de aprendizado e conhecimento do mundo
- Uma escola que incentive o desenvolvimento ao senso crítico
- Espaço
- Equipe qualificada pra ensinar
- Muita arte
- Liberdade pro meu filho escolher
- Aprender a viver em grupo
- Areia, grama, árvore e terra de verdade
- Criança suja (que brinca, que se pinta, que rola na grama)
- Muitas atividades
- Livros e brinquedos a disposição
- Pessoas agradáveis
- Professores que criasssem oportunidade através de práticas e atividades e que conduzam o aluno a uma atitude ativa
-Resgatar o que os alunos já sabem e fazer conexões com coisas novas
- Valorizasse a investigação e cooperação, o respeito, o vínculo afetivo.
- Trabalhasse a proteção ao ambiente.
- Não incentivasse o consumismo infantil
O que eu não queria:
- Taxa a toda hora de dia dos pais, Páscoa, dia das crianças e etc.
- o método tradicional professor elemento ativo e aluno receptor.
- Método de apostilas
- Televisão na sala
- Comemorações mil em datas comerciais
- Doces liberados
A escola escolhida tem um cheiro de arte, desenhos e trabalhos de alunos por todo o canto, incentiva a pesquisa e a curiosidade, trabalha o respeito entre as pessoas , não faz festa em cada data comercial, festinhas de aniversário com bolo simples e um astral muito bom. Faz tempo que queria escrever sobre a escola. Nino esta se adaptando super bem e no final do dia fica me levando pra todos os cantos da escola, e não quer ir embora. Fala o nome das duas professoras e de todos os amigos. Eu me sinto bem lá.
Acho que a melhor escola que nossos filhos podem estar é a que nos sentimos seguras em deixá-los, a que combina com o que cada mãe (e pai) acredita, a que você consegue sentir que ele está feliz. É sempre importante conhecer os preceitos e valores de uma escola para verificar se condiz com o que a família acredita. Há diferentes linhas e a ideal é a que se adeque as crenças da família, pode não ser o ideal por exemplo colocar numa Waldorf se a família preza por uma alfabetização bem cedo, e nem colocar numa tradicional se a família não simpatiza com essa linha. Por isso acho super importante pesquisar e conhecer a escola antes de colocar os pequenos e assim estar segura da escolha feita.
E vocês? O que querem de uma escola? Como escolheram ou pretendem escolher a escola dos seus filhotes?