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quinta-feira, 2 de maio de 2013

A educação proibida

Já falei em outros posts sobre a preocupação que tenho com a educação do Nino, lembro das minhas "decorebas" só pra passar na prova, a maior parte (se não todas) completamente esquecidas.
Me pergunta algo sobre física? Química? Eu sou uma ameba nessas matérias, não lembro absolutamente nada, porém fui boa aluna na escola, tirava boas notas. O que me restou? Um boletim bonito pra guardar.
Fiz um segundo grau profissionalizante de Artes Cênicas, na verdade era Ator o nome do curso, me formei atriz. Na grade curricular, muita história, arte, mitologia, teatro, redação, português. Eu escolhi fazer esse curso, eu gostava dele, logo sinto que aprendi muito mais, porque eu queria aprender aquilo, e não somente para cumprir tabela e passar de ano.
Quando fui procurar uma escola pro Nino, o que eu mais queria era que ele pudesse brincar, pudesse correr, subir em árvores, tivesse atividade lúdicas sem grandes exigências, afinal ele nessa idade precisa brincar e acredito que eles têm um ritmo próprio e deve ser respeitado. Falei sobre essa procura nesse post : O que eu queria na nova escola. Fui ler mais sobre propostas pedagógicas e métodos de trabalho, afinal as escolas se intitulam uma coisa e na realidade trabalham completamente diferente da proposta que dizem seguir. Fui em muitas com uma proposta totalmente incoerente com aquilo que "vendiam"em seus sites.
Penso muito em como deve ser a educação ideal, será que ela existe? Fico analisando a escola do Nino, leio sobre o assunto, converso com algumas mães, pedagogas e penso que o currículo escolar deve ser mudado, melhorado, reavaliado, oras, a maioria das escolas continuam com um modelo arcaico, cheio de "decorebas" e nenhuma ligação entre as matérias.
Nesse final de semana retomei a coragem (o filme é longo!) e fui assistir : A Educação proibida.
Já havia assistido parte desse filme faz um tempo, e abandonei pela correria do dia à dia, acho que foi super proveitoso ver ele inteirinho. Vale a reflexão! Uma nova forma de ver a escola que pode parecer estranho para muitos de nós, que estamos tão envolvidos e já acostumados com os métodos tradicionais, e mesmo que satisfeitos, acho importante conhecer essa realidade.
Não concordo com 100% do que é dito, tenho uma opinião que foi sendo formada durante essa procura por uma escola, por um método adequado e uma forma de levar a vida após a chegada do Nino, mas a educação tradicional está bem longe do que eu acredito ser o melhor.
Cada artigo, cada filme, cada conversa produtiva me fazem pensar mais no que eu quero, considerando o que é possível, para a vida escolar e a vida fora da escola para os meus filhos.

Segue o link com o filme. Vale a pena conhecer mais e formar a sua opinião.


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Volta às aulas por aqui

As aulas começaram. Ninguém está vendo meu sorrisinho aqui então poderia fingir que vou chorar, me culpar, me torturar. Só que não. Estou feliz.
Esse início de gravidez foi cansativo e pela primeira vez na vida não consegui dar toda a atenção que o Nino precisa e que sempre me dispus a dar. Confesso. Não foi fácil. E se a culpa não é figura constante por aqui, digo que nessas férias me senti culpada. 
 Claro que enchi ele de carinho e muito muito amor, mas nem sempre estava 100%, não fiz tudo o que costumo fazer, estava digamos : meio lesma, meio gente.
Fiquei feliz sim. Volta as aulas, preparar o lanchinho saudável com todo carinho, amiguinhos, muita arte , correr livremente. Gosto da escola do Nino, o projeto pedagógico é muito coerente com o que eu esperava, já falei aqui sobre ela aqui, e quando chegamos lá e ele correu pra brincar e nem me olhou, senti que seria bom, e que eu iria poder voltar a trabalhar sem culpa, sem a culpa que permeou boa parte das férias quando tive que ceder e terceirizar com a TV, deixá-lo vendo um desenho, só pra eu poder dormir meia horinha. Claro que virou culpa.
Mas hoje senti uma pontinha de satisfação de poder voltar à rotina e principalmente vê-lo tão feliz "fazendo comidinha" com os amiguinhos. De buscar ele na escola e receber um abraço daqueles bem apertado e logo ouvir : Mãe estava te esperando. Te amo.

E termina meu dia assim, feliz e satisfeita. E ele, pela gargalhada gostosa estava na saída com o amiguinho da escola, se divertiu, e muito.


sexta-feira, 16 de março de 2012

A Escola - O que eu queria na nova escola.

Antes de entrar na publicidade dei uma passeada pela turma de pedagogia, explicando melhor eu fiz um ano de pedagogia, com meus 18 anos, sem saber direito o que queria (só que amava crianças e me parecia interessante me formar em pedagogia e abrir uma escola) estudei e passei pro segundo ano. Um pouco perdida no meio de Vygotsky, Piaget, Montessori, Wallow, Steiner, Waldorf, Democrática, Tradicional, Construtivista e outros tantos métodos, escolas e linhas pedagógicas e não entendendo o porque de estudar tanto tudo isso pra me formar uma pedagoga (oi??!), decidi prestar novo vestibular e mudar de curso. Feito. Após muitos anos depois um tempinho depois me pego pesquisando, lendo, olhando, procurando tudo aquilo novamente, e passando a entender o porque de toda aquela base no curso de pedagogia . Agora com um motivo especial, a educação do Nino.
E precisa de tudo isso? Acredito que sim, afinal gosto de tomar decisões na educação e criação do Nino baseado em alguma informação, já que virão um trilhão de críticas, que eu saiba o porque da minha escolha.
Acho que a educação no Brasil está antiga, ainda muito tradicional muitas escolas se colocando como "diferente", construtivista ou sócio interacionista, ou  blá blá blá e na prática igual as muito antigas. E não era o que eu buscava pro Nino. Primeiro porque acho a educação o que eu posso dar de melhor, e acho muito importante essa primeira fase dele onde considero o "brincar" principal forma de aprendizado.
No primeiro momento (o berçário) priorizei bons cuidados e muita higiene (até mesmo de forma psíquica , com apergunta base: Se a chupeta do meu filho cair no chão o que você fará??), queria uma escola pequena, professoras sorridentes, e um lugar que "cuidasse" bem do meu bebê, afinal eu precisava trabalhar o meio período. Após esse período de berçario tudo muda pra mim, estava sim, muito interessada na parte pedagógica da questão.
Pensei na Waldorf, acho maravilhosa , mas ainda um pouco distante de algumas coisas do meu dia a dia, fui nas contrutivistas, montessorianas, sócio intperacionistas, e nas que diziam que era tudo isso (mas de cara percebia que era só um rótulo não aplicado realmente na escola). Visitei umas 20 escolas, liguei milhões de vezes pras amigas pedagogas, conversei por horas com meu amigo google, li blogs, desenterrei livros antigos e fiquei um mês incomodando o Edu com os meus "estudos".

Na prática o que eu queria:
- Respeito ao ritmo de cada criança
- O brincar como forma de aprendizado e conhecimento do mundo
- Uma escola que incentive o desenvolvimento ao senso crítico
- Espaço
- Equipe qualificada pra ensinar
- Muita arte
- Liberdade pro meu filho escolher
- Aprender a viver em grupo
- Areia, grama, árvore e  terra de verdade
- Criança suja (que brinca, que se pinta, que rola na grama)
- Muitas atividades
- Livros e brinquedos a disposição
- Pessoas agradáveis
- Professores que criasssem oportunidade através de práticas e atividades e que conduzam o aluno a uma atitude ativa
-Resgatar o que os alunos já sabem e fazer conexões com coisas novas
- Valorizasse a investigação e cooperação, o respeito, o vínculo afetivo.
- Trabalhasse a proteção ao ambiente.
- Não incentivasse o consumismo infantil

O que eu não queria:
- Taxa a toda hora de dia dos pais, Páscoa, dia das crianças e etc.
- o método tradicional professor elemento ativo e aluno receptor.
- Método de apostilas
- Televisão na sala
- Comemorações mil em datas comerciais
- Doces liberados

A escola escolhida tem um cheiro de arte, desenhos e trabalhos de alunos por todo o canto, incentiva a pesquisa e a curiosidade, trabalha o respeito entre as pessoas , não faz festa em cada data comercial, festinhas de aniversário com bolo simples e um astral muito bom. Faz tempo que queria escrever sobre a escola. Nino esta se adaptando super bem e no final do dia fica me levando pra todos os cantos da escola, e não quer ir embora. Fala o nome das duas professoras e de todos os amigos. Eu me sinto bem lá.

Acho que a melhor escola que nossos filhos podem estar é a que nos sentimos seguras em deixá-los, a que combina com o que cada mãe (e pai) acredita, a que você consegue sentir que ele está feliz. É sempre importante conhecer os preceitos e valores de uma escola para verificar se condiz com o que a família acredita. Há diferentes linhas e a ideal é a que se adeque as crenças da família, pode não ser o ideal por exemplo colocar numa Waldorf se a família preza por uma alfabetização bem cedo, e nem colocar numa tradicional se a família não simpatiza com essa linha. Por isso acho super importante pesquisar e conhecer a escola antes de colocar os pequenos e assim estar segura da escolha feita.

E vocês? O que querem de uma escola? Como escolheram ou pretendem escolher a escola dos seus filhotes?