Com quase dois anos o Nino está no auge da gostosura, esperto, lindo ,brincalhão, fala milhões de coisas, se expressa, me conta história, canta, pede o que quer, brinca, uma delícia. Junto com tudo isso vieram milhões de vontades, não pode ser contrariado, quer tudo na hora (paciência não é um dos fortes), tudo é DELE ( É MEUUUU. Precisamos de um irmão (ã) dhjáaa), grita ( preciso deixar claro pra vizinhança que eu não faço nada pra essa criança gritar,ok?), chora, bate os pés, bate a cabeça no chão, joga tapas ( e daí que eu sempre achei que o meu filho nunca faria isso!).
Esse ultimo final de semana realmente fiquei cansada. A razão de dividir com vocês. Também porque acho que descobri um meio de acalmar os ânimos. Será?
Claro que fui pesquisar, não gosto de simplesmente rotular uma fase, massificar e achar que todas as crianças são iguais, mas caiu como uma luva quando comecei a ler o que é o famoso: Terrible Two. E me deu um alívio saber que pode ser sim uma fase (e vai passar ufa!), o que acho que poderá ser muito útil pra outras mães que estejam de cabelo em pé como eu, e perguntando-se : Onde foi que eu errei?. Saber que a culpa de toda essa rebeldia não é nossa já nos garante umas conversas a menos na terapia.
Mas afinal o que é essa joça?
Terrible Two é a adolescência do bebê, os terríveis dois anos. Geralmente acontece entre 1 ano e meio até os 3 anos de idade, e algumas crianças passam de forma mais intensa outras menos (afinal não estamos falando de robôs). Seu bebê que era calminho, passa a se rebelar. É quando a criança começa a se dar conta de que é um indivíduo e quer conquistar o seu espaço, muitas vezes gritando, batendo nos outros, se debatendo,chorando, negando tudo, se rebelando, tirando as roupas e sapatos, o Nino se encaixa em todas elas. Tipo garoto enxaqueca.
Quer almoçar, mas não quer, quer tomar suco, mas quer tomar água, quer subir, mas descer, quer comer feijão mas não quer,quer comer, mas empurra o prato. Parece muitas vezes que nem ele mesmo sabe o que quer. Uma busca de independência ainda imatura. Muitas vezes diz não por dizer não, logo muda de opinião.
Antes mesmo da minha pesquisa fui conversar com a professora do Nino, que se mostrou bastante tranquila com a fase, disse que todos são assim e não deveria me preocupar mas educá-lo para que ele entenda os limites, é uma fase de construção não de tanta preocupação (posso falar isso pra minha dor de cabeça?).
Então o que fazer?
Primeiramente paciência. Muitos nãos e chiliques ainda devem aparecer por aqui e por aí ( hoho pensa que é só comigo é?), depois repitam comigo: EU NUNCA MAIS DIREI QUE MEU FILHO NÃO VAI FAZER (se não quiser que caia novamente na testa). Entre outras coisas acho que o melhor é não ressaltar esse comportamento chiliquento, ressaltar o que eles fazem de bom e tentar ignorar quando eles entram no momento rebeldia. Passei a usar essa tática e realmente a duração do grito foi reduzida, ele gritou, me procurou, gritou, me procurou, gritou e veio conversar como se o vento torto tivesse passado (depois conto se continua funcionando).
Mas como não existe uma cartilha, cada mãe deve ter a sua tática, lembrando que a culpa não é nossa, faz parte do próprio desenvolvimento natural da criança e da sua descoberta como um ser independente dos pais.
E no meio de tantos nãos, vejo meu menininho passando novamente a mão no meu rosto , tirando a chupeta, dando um beijo e falando: Mamãe eu te amo. Prazer: Wonderful Two. Eis os quase dois anos de tanto amor.
Mais tarde novidades!!! Sorteio daqueles super super super!