Por: Daniella Bauer
Olá!
Hoje vou falar de um conceito da Mae Suficientemente Boa. Ele foi criado pelo pediatra inglês, dr. Donald Winnicott, que estudou durante toda a sua vida o desenvolvimento, a saúde e as doenças da criança. A visão e obra desse médico contribuíram para que pudéssemos compreender a importância da relação mãe e filho; ele foi o primeiro autor a considerar a mãe como construtora ativa da identidade e da personalidade da criança! Só por isso já podemos perceber sua grande sensibilidade e capacidade de observar e compreender o desenvolvimento humano.
O dr. Winnicott nunca disse (nem nenhum autor) que a mãe precisa ser perfeita, maravilhosa, infalível e completa. (De onde tiramos isso??) Isso com certeza prejudicará o desenvolvimento do filho. Ele afirmou que a mãe, para atuar de forma positiva com seu filho, deve ser Suficientemente Boa, ou seja, dar condições para que a criança possa reconhecer sua individualidade e suas capacidades sem interferir no processo natural. Não molda a criança, mas sim, dá espaço para que ela construa seus conceitos e sua experiência.
A Mãe Suficientemente Boa é aquela que consegue ser terna com o filho, ter prazer nos cuidados com ele, mas também tem prazer em outras situações (o marido, o trabalho, os amigos). É aquela que encontra e aceita seus limites.
A mãe suficientemente boa reconhece a própria ambivalência e identifica seu amor e também sua raiva, sem nada fazer a respeito. Apenas a comporta, a tolera. Por isso é suficiente, por isso é boa. Qualidades inseparáveis da submissão aos limites e do reconhecimento dos enganos. Essa mãe reconhece o equívoco como parte essencial à existência humana.
A neurociência hoje nos mostra que a maternidade modifica o funcionamento e a anatomia cerebral da mulher quando gera uma criança. Mulheres que são mães adotivas, assim como homens envolvidos no cuidado de crianças mostram mudanças hormonais e cognitivas após contato intensivo com bebês. Temos áreas do cérebro que, há milhões de anos, nos orientampara a reprodução e o cuidado com a cria. Esses estudos complementam a visão de Winnicott, para compreendermos que uma boa mãe é aquela que vive a maternidade; não se força a ser algo além daquilo que ela já é – a melhor mãe do mundo para seu filho, naturalmente
daniella.bauer@gmail.com
Psicóloga, especialista em Neuropsicologia e Desenvolvimento Humano e mãe do pequeno João Lucas.
Adorei o post, cada mãe é a melhjor para seu filho e cada filho é o mais especial para sua mãe. Beijos
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Oi flor! Passei aqui para saber como vocês estão??? Saudadee. beijos
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