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segunda-feira, 25 de março de 2013

É de pequenino que se aprende a gostar da leitura!

Olha que texto legal que a neuropsicóloga e amiga Daniella Bauer escreveu pra gente. Um texto sobre a extrema importância de ler para os pequenos desde cedo. Eu leio muito pro Nino e o resultado é extremamente positivo, ele ama um livro!!!

É de pequenino que se aprende a ler

Por : Daniella Bauer
 
De tudo que os pais podem fazer pelos seus filhos, ensiná-los a ter prazer  com a leitura é o mais importante; de tudo que a escola pode oferecer aos alunos é a leitura, sem dúvida a melhor herança da Educação.
A linguagem falada tem centenas de milhares de anos. Seu surgimento remoto deixou marcas no cérebro humano, que possui circuitos especializados no processamento da linguagem. A habilidade de ler é uma das mais complexas e recentes atividades humanas e surgiu há cerca de 5 mil anos atrás, na Suméria e na China.
Aprender a ler é um processo que tem início muito antes do processo da escola e da  alfabetização. Nos primeiros anos de vida, a interação com as pessoas e os objetos do ambiente moldarão na criança a percepção das imagens ao seu redor, e dos sons da sua linguagem natal, bagagem essencial para o aprendizado da leitura.  Importante registrar que a grande maioria dos problemas que os alunos encontram, até mesmo em pós-graduação, é decorrente de problemas da leitura.
De forma bem simplificada, a leitura passa por duas vias: 1) a via fonológica, na qual a palavra é identificada pela conversão das letras (grafemas) em sons (fonemas). Essa atividade ocorre na região frontal e parieto-temporal (área de processamento auditivo e de linguagem); 2) com a prática, as palavras conhecidas passam para a via global, na qual ocorre o reconhecimento da palavra como um todo. Isso ocorre na região occipito-temporal do cérebro (área de processamento visual).
Para que seu filho realize esse processo sem obstáculos, algumas indicações:

1)     Faça com que a leitura seja parte da sua vida e da vida de seu filho se fizer parte da sua.Se você compartilhar seu entusiasmo e prazer pela leitura, imediatamente a mensagem chegará até a criança. Ouvir uma história pode ser mágico e um momento único entre pais e filhos.

2)     Crie um ambiente rico em letras. A palavra escrita está em toda parte. Chamar a atenção da criança para isso é um bom começo. Algumas sugestões: a) com imãs em forma de letras do alfabeto, brinque de soletrar o nome da criança, do papai, da mamãe, dos amigos; b) recortar de revistas e embalagens nomes de produtos e cidades. Etc; c) uma prateleira ou mesinha, com diversos papéis e lápis; d) um painel para expor suas produções, como desenhos e palavras.
3)     Conversar com a criança: Conversar bastante, contar histórias, narrar histórias do dia a dia e experiências marcantes; as crianças estão praticando suas habilidades de compreensão da língua toda vez que estabelecemos o diálogo e consideramos suas respostas. E as crianças com vocabulário maior terão mais bagagem e facilidades para o processo da leitura.

4)     Brincar com as palavras: brincar é a maneira principal com que as crianças aprendem. Todo o aprendizado social necessário para a vida adulta pode ser apresentada aos pequenos por meio de brincadeiras e desafios. Rimar, trocar silabas, repetir vogais, brincar de plural, diminutivo, superlativo…
5)     Torne a leitura divertida: Faça com que a leitura de um livro seja uma grande fonte de prazer, divertimento, alegria! Fale sobre as páginas, as letras, as figuras…São tantas opções, para todas as idades e todos os assuntos.
Desse modo quando a criança chegar à situação estruturada de alfabetização, ela estará totalmente familiarizada com o tema, e apresentará uma naturalidade em lidar com seus elementos.


daniella.bauer@gmail.com

Psicóloga, especialista em Neuropsicologia e Desenvolvimento Humano e mãe do pequeno João Lucas.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Leitura para bebês

Esses dias conversando com uma amiga ela disse que não lia para o filho de 1 ano e 7 meses. Ele não entendia nada e ela não tinha muita paciência. Como eu li pro Nino desde a barriga e acho que fez muita diferença, pois ele ama leitura, trouxe um texto da pedagoga e editora Aline Pinto (lá do Roteiro Baby Curitiba) que fala sobre a importância da leitura e o contato com o livro desde muito cedo.
O Nino escuta por horas, livros atrás de livros, depois conta a história pra mim, acredito sim que foi estímulo, além do próprio encantamento com os personagens e as histórias.  

E vocês o que pensam sobre a leitura? Lêem para seus pequenos?


Segue o texto dessa amiga querida e colunista do Roteiro Baby Curitiba.


Ler para o bebê, uma atividade possível e necessária.



Por Aline Pinto



Você lê para o seu filho?
Geralmente, a resposta para essa pergunta é positiva quando a criança tem por volta dos 3 anos e já é capaz de pedir ou “cobrar” a leitura dos seus pais/ familiares.
Mas, e antes? Estou me referindo aos bebês: É possível ler para os bem pequeninos?
Categoricamente, afirmo e ínsito: É possível, importante e necessário!
Muitos adultos afirmam que não leem para os bebês porque eles não entendem. Então, eu pergunto: Por que então falam com os bebês?
Além da interação e do vínculo afetivo que a fala proporciona, podemos afirmar que um bebê só aprende a falar porque ouve pessoas falando.
Para ilustrar ainda mais essa situação podemos fazer relação com uma canção de ninar. Você já reparou como essas canções são capazes de acalmar um bebê? Os pequenos as escutam atentos, mesmo não compreendendo a letra/conteúdo dessas canções, pois o encantamento acontece pelo ritmo, pela cadência, pela rima, pela sonoridade, e é claro, pelo toque, carinho, ou seja, pelo vínculo afetivo que esse momento propicia.
E com a leitura será que é diferente?
Não!  Bebês aprendem a postura de leitor e ouvinte mediante o contato com a leitura e com a imitação de familiares leitores. O bebê não precisa “interpretar o texto” (apesar de fazê-lo à sua maneira), porque o que lhes interessa, nesta fase, são as palavras, as rimas, a sonoridade, além das imagens.
A leitura na infância desenvolve a imaginação, a oralidade, amplia o vocabulário, a cultura, auxilia na ordenação dos conflitos internos próprios da infância, sem falar na criação da postura de leitor.
Junto a todos esses benefícios, não posso deixar de citar o fortalecimento do vínculo com os pais/familiares, pois o tempo dedicado para a leitura com os pequenos é um tempo de olhar nos olhos, de toque, de ser responsável por apresentar um novo mundo de novidades, descobertas e encantos!
Mas, atenção! Estou falando de LIVROS, com enredo e ilustrações de qualidade, e não de um “amontoado de páginas com figurinhas!”, que objetivam tão apenas a apresentação das cores, figuras geométricas ou nome de objetos.
Sei que livros, com “L maiúsculo”, ou seja, de qualidade, podem custar caro, mas não os considero como gasto e sim como investimento. Gasto é o boné, o tênis, a camiseta, a chupeta, a mochila e todo o apelo mercadológico do “Patati Patatá”!
Não posso deixar de lembrar que livros nesta faixa etária vão à boca; por vezes, são rasgados, mordidos, vão ao chão e à boca de novo… Normal e saudável, pois toda essa exploração também gera aprendizagem.
Para incentivar ainda mais a aprendizagem infantil, priorize livros com frases e textos curtos, repetições, sonoridade, imagens coloridas e atraentes; os enredos com elementos do cotidiano infantil, como os brinquedos e, ainda, os que apresentam animais e objetos com características humanas.
Como sugestão, indico, para os pequenos, um livro superbacana:
FAULKNER, Keith. O sapo Bocarrão. São Paulo: Companhia das Letrinhas. 1996.
Espero que gostem dessa trama divertida, porque os bebês (e eu) amam(os)!
Para finalizar fica mais uma dica:
Leia, leia e leia novamente (e no mínimo diariamente) para o seu pequeno e objetivando a promoção do deleite (prazer) e tenha certeza que está colaborando com a criação de uma criança mais inteligente, saudável e feliz.
Ah, e acompanhe as indicações de livros do Roteiro Baby Curitiba, ampliando o acervo de obras de qualidade para o seu pequeno!