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quinta-feira, 24 de maio de 2012

Onde tudo começou. Momento nostalgia.

Hoje em um momento de nostalgia fui ler o meu primeiro post. Saudades daquele cheirinho de RN??!!! E como a maioria chegou por aqui beeeem depois eu deixo aqui o primeiro post do blog. Contando o meu grande dia, o dia em que o Nino nasceu, e que gerou milhões de coisas maravilhosas na minha vida, inclusive esse bloguito!!! Vejo quantas coisas aprendi nesses dois anos (por exemplo mesmo com todas aqueles indícios que meu parto seria uma cesariana eu poderia sim ter tentado um normal, mas na época eu acatei o que o médico disse fechando os olhos pra outras possibilidades). Enquanto preparo o novo sorteio do kit (porque infelizmente a ganhadora não respondeu o e-mail e não se manifestou) fica o meu momento nostálgico:

esperar ... (1 dia, 1 ano, 10 anos, 9 meses)

Como não começar pelo grande dia? O dia em que ele (ou você Antônio, caso você esteja lendo esse blog um dia) chegou a esse mundão. 
Foram 9 meses, primeiro vieram as azias, a certeza (bem antes de saber realmente) de que alguém estava por vir, uma pessoa em estado agudo de histeria (é, fiquei um pouco pior no início da gravidez), uma alegria enorme, a primeira ecografia quando ouvi o seu coração , e depois quando descobri o sexo (meu menino, meu lindo, meu pequeno futuro, hoje presente amor).
A cada ecografia te conhecíamos mais e crescia a curiosidade e ansiedade de te conhecer pessoalmente, de te ver, você pelo jeito queria mesmo manter a nossa curiosidade, já que quando fomos tentar fazer a fabulosaaaa ecografia 4D você se escondeu de todas as formas (se tivesse uma máscara com certeza estaria com ela) menino teimoso (ou seria tímido?), varias cutucadas e nada! O maridão reclamando que não queria pagar a ecografia (pois dizia que as ecografias 4d sempre saem estranhas e todas iguais, além de uma certa dose de pão durísse) ja teve do seu pequeno, o seu primeiro ato de cumplicidade. 
Levamos nosso filhote acoplado na minha barriga para Recife onde enfim decidimos o nome: Antônio!!!!!!!!!!(eu já apelidei de Nino!) Hoje sei  que a ida a Recife (em pleno Carnaval e batuques) influenciou de alguma forma no seu gosto por musica, barulho, pandeiros, tambores.
Foram 9 meses, de correria e paciência, tive que ter uma paciência enorme também quando o futuro pai inventou de querer desenhar os bichos do quarto safári do nosso filho, o Edu (papis) é designer e sempreee inventa de fazer tudo, no meio de um quase surto ele levantou a bandeira da paz e me deixou comprar a girafa lindaaaa que esta no quarto do pequeno Nino.
Poderia ficar horas falando de tudo o que aconteceu na gravidez, dos toques que dávamos e ele respondia, da emoção, da vontade de fazer xixi e tomar muita agua, da minha visita a 600 médicos até decidir com qual ficar, da minha duvida cruel de qual parto seria, decidido e dando um ponto final a qualquer dúvida pelo pequeno: cesariana, estava preguiçoso não quis virar, não tinha dilatação e nem contração (placenta madura, quem foi mãe sabe do que estou falando).
Dia lindo, 1o. de julho de 2010, tomei um café maravilhosooo ganhei flores do Edu e fui pra maternidade. Tranquila até quase a hora ( o Edu esteve pesente o tempo inteiro comigo), na hora de entrar na sala de parto bateu o pavor, queria levar meu marido junto, mas ele só pode entrar na hora do nascimento mesmo; tinha tanto medo da anestesia, do desconhecido e de como seria tudo, mas você esquece tudoooooooooo na hora que olha pra ele, pro seu bebê, para um pedaço seu, é um amor gigantescamente forte algo que vai além do que se pode descrever ou explicar. Algo sublime.
Encontro, olho no olho e a certeza de que eu precisava tanto desse pequeno como ele de mim.
 O Edu conseguiu captar o momento exato do nosso primeiro olhar, o olhar mais doce e mais puro que eu podia ter visto . A sensação de pleno amor, o Du igualmente parecia estar descobrindo uma forma de amor antes desconhecida também:
- E muito amor ! (dizia ele olhando fixamente para seu pequeno filhote, com um um sorriso de orelha a orelha e um olhar emocionado).Foi o início real da nossa família!!! 
Apesar de eu ainda parecer grávida estava ao meu lado a realização do meu sonho (nascido juro, e não tinha mais ninguém fora gases na minha barriga), aposto que as visitas ainda tinham dúvidas se não existia nenhum gêmeo esquecido dentro de mim.
Os avós, não poderia esquecer deles, meu pai quase desmaiou de tanta expectativa, minha sogra disparou a falar e minha mãe parecia que tinha acabado de sair de algum manicômio (estava piradinha), o mais calmo era meu sogro, avô experiente (ja teve 5 netos para treinar a emoção), quando o pequeno chegou falavam ininterruptamente que o Antônio era o menino mais lindooooooooo do mundo ( e claroo não tinha carinha de joelho).
Pra terminar o primeiro post do blog só queria dizer da emoção de trazer o nosso pequeno amor para o nosso lar, abraçar o Edu e o Antônio e sentir a coisa mais forte que consigo lembrar de um dia ter sentido.
Ser mãe é esperar, sabia bem disso quando fui provar uma calça que usava antes de engravidar, teria que esperar muitooo ainda para caber nela de novo.
MAS VALE muito, ser mãe é sentir um amor verdadeiramente forte ( ja ouvia isso, mas agora sei com propriedade o que é sentir esse amor).
OBRIGADA ANTÔNIO!!! sou uma pessoa mais completa com você. Obrigada Edu por ter sua dedicação e amor e a Deus que nos deu esse presente.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Descobrir

 Da saída do hospital para a nossa casa o caminho parecia muito mais longo do que realmente era, saímos do Santa Brígida (onde nasceu o Antônio, Nino meu pequenino) à noite...  eu pedia para o Eduardo ir com calma... A cada movimento do carro eu me preocupava com a cabecinha do pequeno a balançar.
Chegamos em casa e tudo parecia incrivelmente diferente após esses dois dias. Tudo o que eu queria era estar em casa, reconhecer a nosso ambiente que já estava sendo há meses preparado para receber nosso pequeno, reconhecer meu marido (e o pai que ele acabara de se tornar), me reconhecer agora sem meu filho dentro de mim e sim na minha frente, apresentar seu quartinho ao nosso bebê e principalmente CONHECER meu pequeno, meu pequenino que eu só vi ainda tão pouco e que fez descobrir o que é o "famoso amor incondicional". São muitas descobertas, muitas mudanças...
O que uma pessoa que nunca havia segurado um bebê com medo de quebrá-lo poderia fazer agora? Achei que teria muito medo quando esse momento chegasse... Mas ele chegou e realmente o instinto fala mais alto e lá estava eu e ele...e as coisas foram acontecendo naturalmente. Hoje acredito que toda mãe (que deseja isso) saberá o que fazer na hora H. Ou pelo menos dará o seu melhor o que certamente é o melhor para aquele bebê.
No dia seguinte lá estava a minha mãe, preparou uma comida deliciosa, frutas lavadinhas e todo carinho...fui totalmente paparicada e me surpreendi com aquela situação (fazia anos que eu já havia saído de casa e que me virava sozinha em todas as situações, ou nos últimos anos pedia para o Edu). Cheguei até me assustar com tanto paparico... minha mãe queria me ajudar mais... mas eu me acostumei a fazer as coisas de casa sozinha e preferi fazer assim (com a ajuda do Du)...mas só tenho a agradecer o carinho e dedicação que ela me deu... (afinal sou mãe mas sou filha também!!!!!).  
Fiquei uns dias perdida, a gente se olha não se reconhece direito, já não é mais uma mulher grávida, mas também não é uma mulher,digamos,esbelta (kkkk)... A gente sente muitas coisas!!! É TUDO MUITO INTENSO.
Tive muito medo de não ser uma boa mãe ou de acontecer algo com o meu pequeno (até de cair de escada com ele nos braços eu tinha um medo enorme). Sem contar os medos básicos (rsrs). Atire a primeira pedra quem nunca colocou a mão na frente da boca/nariz do seu filho para ver se ele está respirando??  Ainda bem que com o tempo os medos vão passando e você vai percebendo que você consegue.
Algumas mulheres têm depressão pós parto, nesse caso é necessário um acompanhamento médico, mas muitas chegam ter uma tristezinha, ou medo, ou angústia com a nova situação. Existe uma denominação baby blues que é dada para uma melancolia após o parto (algo como uma depressão mais branda) mais comum entre as mulheres (a gravidez e o parto alteram completamente nossos hormônios o que pode ocasionar algumas reações). No meu caso não sei dizer com clareza o que se passou, não me sentia triste, e sim muito feliz ... mas também não queria muitas pessoas por perto,queria ficar sozinha com o Nino, curtir ele, olhar pra ele. Queria estar com o Edu e com o pequeno. Foi algo novo...Sempre adorei estar rodeada de gente.Mas dessa vez queria olhar a minha família que começava agora! A família que eu e o Edu estávamos formando. (Sempre ouvi do meu pai que família era o pai a mãe e os filhos... acho que isso ficava na minha cabeça... e agora estava lá na minha frente... precisava conhecer).
Foram muitas visitas, muitos amigos, amigas, parentes, pessoas que gostamos muito, todos querendo conhecer o rostinho daquele pequeno que morava na minha barriga. Foi muito legal saber o quanto as pessoas gostavam da gente ,mas confesso estava muitoooo ciumenta com o meu filhote (ou será que ainda estou????).
O Antônio sempre dormiu bem, claro, acordava às vezes para mamar, aí tínhamos que trocá-lo, fazer ele arrotar ,eu ficava 15 minutos com ele sentadinho (ele quase nunca arrotava e eu morria de sono em fazer isso, mas agüentava firme, ou deixava essa parte para o Edu) e colocávamos ele para dormir... Fazíamos tudo bem no escurinho (uma luz bem fraquinha) e ele nunca deu trabalho para dormir na madrugada. O Edu sempre me ajudou muito, eu amamentava e quase sempre ele fazia o Antônio arrotar ou trocava a fralda dele. Me surpreendi em ver como ele aprendeu rápido com o Nino!!! Um mês antes o Edu tinha deixado o cachorro da minha mãe fugir (quando ela nos pediu para cuidar) e eu pirei que ele não daria conta de um bebê se não conseguia nem com o cachorro, mas ele se saiu bem melhor com nosso pequenino!!!Ufaaaaaaaaaa!
Toda madrugada quando acordávamos para cuidar do pequeno assistíamos um episódio de Sex And City ... era o nosso passatempo do mês...assistimos todos os episódios de todas as temporadas. Foi bem divertido!
Como não tinha absolutamente nenhuma experiência com bebês...devorava livros, revistas e pesquisava na net, observava o Antônio...além das palestras todas que vi na gravidez e acho que com tudo isso consegui compreender um pouquinho do meu bebê... Li um que gostei bastante que foi o Segredo de Uma encantadora de bebês (muitas coisas apliquei, outras fiz do meu jeito).
A cada dia era uma descoberta. Como cuidar do Nino, como amamentá-lo, como conviver com o Edu e descobrir nós mesmos, agora em mais um novo papel.  E fazer essas descobertas estava sendo MARAVILHOSO!