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segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Amamentação - mais capítulos

Tinha dado tudo como certo, a amamentacao estava ótima, tudo não passou de uma neura da minha cabeça e eu dava conta, oras bolas, como não? Eu podia. Eu dava conta!
Uma semana do ultimo post de amamentação eu passei por apuros, Theo chorava muito em todas as mamadas, fui criando histórias na minha cabeça pra justificar cada choro, afinal : eu dava conta! Foram dias me convencendo do que sempre acreditei, nós damos conta e pronto, o nosso leite é suficiente e pronto.
 Fui esgotar não saia nada. Senti gelar. Afinal eu dou conta? Chorei soluçando. Meu mundo de crenças caia, sempre me questionei quando alguém me dizia : não tenho leite, mas por algum motivo, seja dentro de mim, por fora , seja emocional ou qualquer outro, eu infelizmente não estava dando conta.

Me senti um pouco menos mulher, confesso, chorei mais um pouco, me perguntei porque, a tireóide alterada , seria isso? Algum bloqueio meu precisava ser curado? O que seria? Me sentia tão frustrada em pensar em deixar de amamentar o Theo, inserir fórmula ou as frutas agora, mas algo precisava ser feito, alguma coisa faltava em mim, podia não ser o leite, mas refletia nele. Um desespero.
Aí que resolvi testar, e tomei uma outra medida que o pediatra havia me indicado para aumentar minha produção de leite, aviso já , eu também era contra, como assim um remédio pra me "ajudar" a ter leite? E o que vai pro bebe? Não concebia a ideia de tomar o remédio, mas das escolhas qual seria a pior? Qual a melhor escolha agora? Não sabia o que fazer e escolhi o que melhor suportaria naquele momento, o que melhor coube dentro do meu sentimento e vontade : Eu queria amamentar.

Pra mim o leite é alimento, mas é muito mais que isso. Sabia da importância do aleitamento exclusivo até os 6 meses e não podia acabar assim, ele tinha acabado de completar 4 meses. Muita gente me desestimulando a continuar a amamentação, eu não queria.
Tomei.
 No segundo dia o Theo parou de chorar, dez dias depois fomos ao pediatra e o Theo ganhou mais peso do que o habitual, e comecei a vislumbrar mais tempo de amamentação. Funcionou.
 Se eu indico o remédio? Não.
 O remédio foi minha última opção, tentei milhões de outras alternativas naturais, tentei esgotar, relaxar, foram 4 meses tentando fazer da forma mais natural possível, e não acho mesmo que se deva tomar nenhum remédio como esse, que vem sendo indicado hoje de forma indiscriminada, porém depois de 4 meses tentando prolongar a lactação, coloquei na balança e foi a solução que coube naquele momento. Foi uma alternativa com suas consequências, mas que garantem o meu leite para o Theo e momentos únicos que vivo por escolha.
 Pensei muito se deveria trazer esse assunto aqui, sou contra qualquer uso de remédio desnecessário e os meninos são tratados com homeopatia, não quero confundir e incentivar o uso de remédios sobre nenhuma hipótese, mas existem outras pessoas que talvez sintam a mesma agonia que senti e que possam ter o mesmo desejo que o meu, e podem sim ter alternativas pra isso. Muitas vezes a cura pessoal vem depois e a necessidade do alimento ao nosso filho não pode esperar.

 Nessa semana o Theo faz 6 meses, já diminui o remédio e nos últimos dias parei de tomá-lo, parece que meu corpo voltou a dar conta do recado. Me sinto feliz! A minha vontade é amamentar muito mais e irei batalhar sim pra que isso aconteça. Já sei que as coisas as vezes não são tão fáceis, mas eu não entrego os pontos!

 Com muita batalha, amor, vontade e persistência dia 17 vou completar 6 meses do Theo. Mamando. O que a amamentação tem trazido pra gente é importante demais pra mim e vejo nos olhinhos satisfeitos dele o quanto tem feito bem pra ele a minha escolha.

 Ps. Continuo sim acreditando que na maior parte dos casos não é necessário remédio algum, nosso corpo dá conta do recado sim. E pra cada problema da amamentação sempre existem milhões de soluções, amamentar exclusivamente até os 6 meses é muito muito muito importante pra mãe e bebê e o aleitamento prolongado também faz bem demais pra todo mundo.

 Ps 2: A minha experiência pode incentivar outras mães a não desistirem caso também queiram amamentar, não estou julgando quem não deseja ou desiste por algum motivo, o leite materno é o melhor alimento para o bebê no primeiro ano, mas cada mãe sabe onde está suas necessidades e do seu bebê.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Amamentação - Uma luz no fim do túnel

Muitas de nos nós preparamos para o parto, a ligação com o bebe, a importância da conexão e da entrega e as "pegadinhas" que o sistema tenta nos colocar, mas nem todas estamos preparadas para a amamentação, falo por mim e pelas altas taxas de desistência do amamentar. Senti muita dificuldade e confesso que em um primeiro momento não acreditei que pudesse prosseguir, claro que a opinião do pediatra me fazendo pra dar LA foi fundamental pra essa frustração, porém acalmei, escutei meus instintos, aqueles mesmos que me diziam que eu iria parir, e decidi não dar, persisti, e na consulta seguinte o pediatra (que não lembrava que havia  receitado o leite artificial) disse para que eu continuasse como estava pois independente do peso o Theo estava super bem motoramente, ponto para o meu instinto que estava um tanto abandonado por tanto medo de negligenciar a saúde do pequeno.
Theo esta super bem, minhas neuras passaram, as vezes voltam um pouco, geralmente quando vou pesar , mas tento me escutar de novo.
Falei nesse post sobre a crise da minha amamentação, de lá pra cá resolvi investir em aumentar o leite e tenho visto os peitos cheios e o Theo, que não me parece um bebe super "mamão" mama, e se insisto hora chora hora olha pro peito e pra mim e da risada, uma risada gostosa.
Para as mães, que como eu, acham que podem estar com uma produção menor de leite, o mais importante é saber que o leite é produzido de acordo com o que eles demandam, se mamam menos o corpo entende que ele quer menos e produz menos na próxima mamada, como as vezes o Theo mama quase nada outras quer bastante tenho feito táticas pra ter mais leite.

Segue algumas dicas para aumentar a produção de leite:

-água o tempo todo 
-chá de hortelã
- chá de feno grego
-chá de erva cidreira 
-chá de erva doce
- as vezes coloco anis estrelado no chá
- suco de uva integral
-Tintura de algodoeiro.
-Sling - o contato corporal com o bebe auxiliam estimulando a produção sabiam disso? 
-Insisto um pouco pro Theo sugar mais, não porque quero entupir ele, mas sim pra estimular.
- Descansar quando possível (essa pra mim é o que menos tenho conseguido)

Passei a olhar mais pro Theo e a entender que durante as mamadas o choro não era sempre o mesmo, eu estava tão fixada na ideia que existia um problema que não conseguia perceber que as vezes o choro era sono, outras não queria mais, outras a posição, outras chorava por que oras bolas, queria chorar!
Li alguns textos do dr Gonzales, conversei muito, pesquisei, mas o mais importante de tudo foi me centrar , me conectar com o Theo e aproveitar os momentos só nosso pra nos conhecer melhor e assim entender o que se passava. Me olhar e olhar pra ele, nos ver, me ver nele e ele em mim. As coisas parecem mais claras pra mim agora. 

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

SOS Amamentação

Hoje o assunto é serio. Estou sumida mergulhada em um estado fusional com o Theo, e quando nao estou acalentando, cuidando e atendendo as necessidades do pititico estou com o Nino.
Ser mae de dois é um dadiva, uma alegria. Amo essa nova fase. Mas acontece que ando um tanto inconsolável, amamentar por mais sagrado, lindo, e essencial que seja, esta tão difícil por aqui.
Cada dia é uma luta, pra tentar entender o que acontece, como solucionar, o que fazer.
Apoio a amamentacao exclusiva ate os 6 meses e o aleitamento prolongado, minha história com o empreendedorismo surgiu inclusive pela opção de amamentar ate os seis esse sem interrupção o Nino, veja aquiaqui e aqui . Mas o que se passa?
Amo amamentar, a troca, o doar, o receber, estar conectado com o meu bebe, é uma sensação maravilhosa e especialmente importante para os pequenos e gratificante pra gente, mas confesso que a minha relação com a amamentacao nunca foi das mais tranqüilas. O Nino amamentou ate os 9 meses e meio e foi sim muito conturbada essa relação, talvez não por parte do meu bebê e sim pela minha cabeça, sempre querendo controlar, mesmo o que vai além.
Cada consulta era uma frustração, os livros que eu lia na época sobre o assunto uma tortura . O fato é que o Nino nao ganhava peso, era magrinho magrinho, e sempre em no máximo 3 minutos ele dormia. E nada, absolutamente nada o acordava. Sabia que a curva de crescimento não devia ser seguida à risca pois não respeita a individualidade, e cada bebe é um bebe, mais o fato é quando é com o MEU filho é diferente, sou mãe, a fornecedora desse fluido e ele é feito de forma perfeita pela natureza para o meu filho,  mas parecia nao "resolver". Persisti. Confiei. E foi ate os 9 meses e meio quando ele nao quis mais, o fato de dormir muito rápido nas mamadas fez com que cada vez meu leite produzisse menos. Aquelas alturas ele tinha muita fome. E assim terminei o aleitamento do Nino.
E o Theo? o Theo nasceu mamando, mamava muito, perdeu bem pouco peso quando saiu da maternidade e ganhou bem no primeiro mês, achei que dessa vez seria uma nova história.
E é.
Mas as duas culminam no pediatra me dizendo novamente que ganhou pouco peso.
Mas é claro, estamos falando de crianças diferentes, outra personalidade, outra situação e um outro momento, um indivíduo único. Ele nao dorme durante a mamada, mama lindamente por 1-2-3 no máximo 5 minutos se tiver de bom humor. Ai começa um berreiro, uma gritaria, um desespero.  É frustrante. Ver meu filho lá sofrendo. São gritos, choro e as vezes consigo fazê lo voltar  pra mamar outras não.
Me prometi que me preocuparia menos com regras, tento levar a maternidade de uma forma mais intuitiva ( sempre aliada a informação).
O peso ainda posso relevar, mas os gritos, me preocupam muito. Inútil me dizer : Relaxe.
Obviamente minha angustia é um prato cheio para todo o tipo de comentário descabido, leite fraco, doença grave, quebrante. O que ja me angustia por si só me irrita profundamente com esse tipo de comentário.
O fato é que aqui é colo o tempo todo, cama compartilhada, sling, livre demanda e me pergunto o que tem de errado.
Sei que solta milhões de puns, arrota muito e sempre tem soluço nas mamadas. Mas  ainda não consigo chegar a nenhuma conclusão. As vezes parece que ele apenas fica nervoso, talvez um reflexo de algo guardado aqui dentro. Mas seguem outras hipóteses.

Hipóteses:
1- Aparelho digestivo. Imaturo. Logo se resolverá #oremos
2- Pouco leite, mas não acredito muito, já que vaza meu leite as vezes, mas é o que o pediatra tenta me convencer (eles sempre colocam a culpa na mulher???!!!)
3- Refluxo oculto
4-Alergia a proteína o leite
5- um bebê sensível apenas
6 - mamou o suficiente pra ele e simplesmente nao quer mais - Dr Gonzalez- pediatra tem textos ótimos sobre o assunto.

Tudo isso inevitavelmente me tira do prumo, me estressa e sei que passa pra ele, ciclo vicioso que se instala e compromete dias especais com o meu pequeno bebe.
Relaxe, curta, tente entender menos, se entregue. Escuto isso aqui dentro. Mas tenho uma imensa dificuldade de abandonar a razão.
Essa necessidade de comunicação, controle da minha parte e explicação são inerentes a minha personalidade e talvez o Theo esteja me dizendo alguma coisa que está aqui muito além da razão. Portanto desafiando a minha natureza controladora, decidi hoje tentar diagnosticar e controlar menos, sentir, escutar meu coração e viver esse tempo maravilhoso que estamos vivendo aqui, e que não volta mais.

Depois conto como foi tudo isso. E se, consegui entender esse momento.

Ah, e quem está nessa fase do pós parto, se puder dar uma pausa para leitura, leia Laura Gutman, se nos permitirmos é bem transformador, muito mais do que váriooos manuais práticos da maternidade que nos dão fórmulas padronizadas de como agirmos ou cuidarmos dos nossos bebês.